Por CLAUDEMIR GOMES
Na contagem regressiva para o seu final, o mês de junho nos deixa boas recordações. Para nós pernambucanos, as lembranças dos momentos vivenciados nas festas juninas, que disputam com o carnaval a posição de número um no ranking da preferida pelo público. No cenário futebolístico fomos brindados com o início das disputas da Eurocopa e da Copa América. Os dois torneios servem para avaliarmos os trabalhos desenvolvidos por eventuais candidatos ao título da próxima edição da Copa do Mundo, a ser disputada em 2026, na América do Norte: Estados Unidos, México e Canadá.
Embora estejamos na era das apostas, existem bets em todas as esquinas do planeta terra, e o torcedor está apostando tudo, fica difícil arriscar um prognóstico, sobre quais seleções estarão credenciadas a brigarem pelo título. Quando ainda faltam dois anos para a competição. Tem muita água para correr por debaixo da ponte.
A maioria das seleções que estamos vendo em ação na Eurocopa e na Copa América, passam por um processo de renovação. Este é um trabalho que exige bastante dos treinadores. Descobrir se um jogador tem talento, ou não, é uma tarefa fácil, desde que haja honestidade no processo seletivo. O desafio maior dos “professores” é saber quando o atleta alcançou um nível de maturidade que lhe leve a suportar as cobranças que se faz a um protagonista.
A vida nos mostra que são grandes as diferenças entre homens e meninos. Tal regra não pode ser esquecida no futebol. O ufanismo da imprensa, a ansiedade dos torcedores e as pressões mercadológicas podem enterrar a carreira de profissionais talentosos, mas sem maturidade devida para carregar o excesso de responsabilidades postas em seus ombros.
Os virtuosos devem sempre fazer parte dos grupos, mas o protagonismo vem de forma natural. Se forçar a flor não brota. Desidrata e cai. O futebol brasileiro tem mil e um exemplos de promessas que não vingaram em seleção.
As disputas paralelas entre as seleções europeias e as americanas, nos possibilitam traçar um paralelo sobre o que antigamente chamávamos de escolas. A julgar pelo que vimos, até o momento, as equipes sul-americanas precisam evoluir bastante para pensarem numa conquista de Mundial.
Mas não vamos nos deixar abater pelo “Complexo de Vira-lata”, tão combatido pelo mestre Nelson Rodrigues. Afinal, a fase de grupos da Eurocopa, encerrada nesta quinta-feira, nos mostrou que, em qualquer lugar do mundo o futebol guarda suas “caixinhas de surpresas”.
Das 24 seleções que disputaram a fase classificatória, apenas a Espanha teve 100% de aproveitamento, ou seja, contabilizou três vitórias nas três partidas que disputou. O detalhe que chamou mais a atenção foi a pontuação final do Grupo E, onde Romênia, Bélgica, Eslováquia e Ucrania somaram 4 pontos, cada uma, produto de uma vitória, um empate e uma derrota. A classificação do grupo foi definida por critérios de desempates. O equilíbrio de forças levou três das quatros seleções para as oitavas de final: Romênia, Bélgica e Eslováquia.
A próxima fase da Eurocopa começa a ser disputada neste sábado. A partir das oitavas de final, até a final, todos os jogos serão eliminatórios. Agora, como diz o narrador, Bartolomeu Fernando, “vamos ver quem tem garrafa pra vender”.
Os jogos:
Sábado, 29 de junho:
13h – Suíça x Itália
16h – Alemanha x Dinamarca
Domingo, 30 de junho:
13h – Inglaterra x Eslováquia
16h – Espanha x Geórgia
Segunda-feira, 1º de julho:
13h – França x Bélgica
16h – Portugal x Eslovênia
Terça-feira, 2 de julho:
13h – Romênia x Holanda
16h – Áustria x Turquia