|
Estadão Conteúdo. A presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou nesta segunda-feira (17) o aumento na área da BR-381, que, segundo ela, vai ser duplicada. Ela aproveitou viagem a Governador Valadares, no leste de Minas Gerais, para prometer que o trecho da rodovia que passa pelo município também terá obras de duplicação, apesar de o projeto já licitado prever apenas melhorias em determinados trechos. “Quando a gente vai a um lugar, a gente tem costume de levar um presente. Meu presente aqui, hoje, é que nós resolvemos que é justo, legítimo e adequado que a [duplicação da] BR-381 chegue a Governador Valadares. Isso foi aprovado e vai ocorrer”, declarou a presidente, sem explicar, entretanto, como vai ocorrer a mudança no projeto. A duplicação da rodovia é um dos principais temas de críticas dos adversários do Governo Federal em Minas Gerais. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, que deve participar da corrida presidencial contra a petista, chegou a afirmar que a rodovia seria feita “pela metade” por causa da falta da duplicação em parte dos onze lotes que começaram a ser licitados a partir de junho do ano passado. Protestos – A petista foi recebida com protestos de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e funcionários da saúde de Governador Valadares, na porta da Sociedade Recreativa Filadélfia, onde participou da primeira agenda oficial. Os primeiros cobram agilidade na reforma agrária, enquanto os funcionários do Hospital Municipal tentavam “sensibilizar” a presidente e a prefeita Elisa Costa (PT) para que libere pagamentos atrasados. “A gente reconhece avanços na área social, mas distribuição de renda e reforma agrária não houve. No ano passado, o governo assentou menos famílias do que durante o governo de [Ernesto] Geisel, que era ditadura militar”, disparou Ênio Bonemberger, da coordenação nacional do MST. Na semana passada, a presidente recebeu representantes do movimento após protesto que terminou com dezenas de feridos em Brasília. “A gente achou estranho. Não tinha pedido de audiência. Ela [Dilma] chamou, mas não ofereceu nada”, declarou Bonemberger. “Não temos nenhuma esperança de que haverá mais desapropriações este ano”, concluiu. |
