Por Flávio Chaves – Jornalista, escritor, poeta e membro da Academia Pernambucana de Letras. Foi Delegado Federal/Minc
No centro de Carpina, uma figura notável percorria as ruas tomado de generosidade. Seu Lapa, como era carinhosamente conhecido, não apenas vestia seu paletó com distinção, mas também carregava consigo um espírito incansável de serviço à comunidade. Longe de ser um gesto político ou eleitoral, sua presença diária nas ruas da cidade era um testemunho de compromisso e dedicação para com seus conterrâneos. O legado inspirador de Seu Lapa e como ele deixou uma marca indelével em Carpina, bem como na educação e atitude de seus filhos.
Todos os filhos, trazem no sangue e na prática esse gesto de humanidade da partilha, como bem celebrava o Dom Hélder Câmara, figura homenageada por Seu Lapa, num gesto de coragem, pois àquela época o país atravessava um regime duro e fechado, quando vereador e presidente da Camara carpinense. Carlos Lapa muito fez e ainda se preocupa com o destino do povo e da política de Carpina. Falar de sua luta como homem e político seria escrever uma longa relação de inúmeras ações feitas e trazidas em prol de todos, não apenas daqui mas de toda a região. Tem a sua história gravada no marco zero e no coração do povo.
Nesse momento político que se vive vem a figura de Joaquim Lapa, o qual em suas caminhadas nessas horas de construção e atitude para fazer de Carpina uma cidade melhor, muitas vezes tenho ido ao seu lado e fico impressionado com o carinho do povo humilde por essa figura.
É uma verdadeira devoção dessa gente de tocá-lo e abraçá-lo, é um carismático que nasceu para o bem e a simplicidade. Quando estou a caminhar com ele, chego a me recordar de quando Frei Damião veio à nossa cidade, eu ainda era menino, ainda existia a velha e linda matriz de São José, e essa imagem nunca saiu de dentro de mim. É daí que me vem a lembrança conjunta de Quinca, seu Lapa e o Frei. E por falar na igreja e no Frei, nasce o fervor da resistência e comunhão, necessárias, do povo com Joaquim, para que Carpina saia vitoriosa desse momento das eleições que se aproximam e esse torrão corre o perigo de entrar em um abismo.
Joaquim Lapa vive o momento crucial mais importante e sério da vida política dele, precisa do abraço de todos para impedir que Carpina não perca a sua identidade e liberdade como canta o seu hino: ” Hoje liberta sou…”. Querem destruir e apagar a grande luta dos grandes emancipadores ; como por exemplo o Antônio bezerra de Menezes, o Odair Santana entre tantos outros.
Estão querendo tomar Carpina de todos que aprenderam amá-la soberana, profundamente. Mas pelas mãos do povo,a luta é de todos , e a determinação, sensibilidade e disposição dessa batalha travada por Joaquim Lapa, para evitar essa tragédia da possível chegada desses invasores; Carpina continuará liberta e cada dia Maior.
Neste momento crucial da história política, a união e a coragem do povo se mostram essenciais para proteger sua cidade dos interesses invasivos. É através da luta coletiva e da determinação de cada cidadão que Carpina voltará a florescer, mantendo-se fiel aos ideais de liberdade e progresso que inspiraram seus fundadores.