Hamas X Israel: Os instintos primitivos em tempos de guerra. Por Flávio Chaves

A fragilidade humana e a persistência do mal

Por Flávio Chaves – Jornalista, escritor, poeta e membro da Academia Pernambucana de Letras. Foi Delegado Federal/Minc

Em meio ao caos ensurdecedor, os suspiros da história ecoam, carregados de dor e desespero. Enquanto persistem os conflitos entre Israel e a Faixa de Gaza, somos confrontados com a cruel realidade dos instintos primitivos que permeiam a humanidade.

É como se o tempo se dilatasse, revelando uma ancestral, onde a ambição desenfreada dos detentores do poder obscurece qualquer vestígio de compaixão pela humanidade. São filhos de uma era onde a ganância suplantou a empatia, onde a busca pelo controle obscureceu a visão do sofrimento humano.

A experiência dos milênios não foi capaz de erradicar os instintos brutais enraizados em nossas almas, como se os avanços da civilização fossem apenas uma fina camada sobre o primitivismo intrínseco à nossa natureza. Em meio ao fogo cruzado, percebemos que as lições da história são muitas vezes esquecidas, relegadas ao pó das antigas civilizações.

Mas mesmo diante da desolação, não perdemos a esperança. Sabemos que, como um fênix ressurgindo das cinzas, a coragem e a determinação voltarão a florescer. Mesmo que sejam esmagadas, essas virtudes se erguerão novamente, desafiando a tirania do mal.

Não é que o mal triunfe, pois sua vitória é efêmera e ilusória. Ele é apenas um eco distante, uma sombra passageira diante da luz inextinguível da segurança humana. Em meio ao caos da guerra, encontramos a força para resistir, para reconstruir e para nutrir a esperança de um amanhã mais justo e pacífico.