Jornalista comentou sobre a agressão à imprensa por seguranças de Maduro
Gerson Camarotti, jornalista da GloboNews, se manifestou com revolta sobre a agressão de seguranças do ditador venezuelano Nicolás Maduro à sua colega Delis Ortiz, na noite desta terça-feira (30). Para o jornalista, o episódio precisa “ter uma reação muito contundente”.
– Num país normal não existe esse tipo de ataque de seguranças a jornalistas que perguntam. Perguntar não ofende. Isso é muito sintomático. Tem que ter uma reação muito contundente. Isso não pode acontecer em uma democracia – declarou na edição do Jornal das Dez.
Camarotti continuou dizendo que se trata de “um sinal sensível do que é uma ditadura”.
– Se um ditador vir ao Brasil, ele tem que ouvir perguntas sim. Tem que ser questionado sim. Isso é um sintoma muito grave. Isso é um sinal sensível do que é uma ditadura. Não se pode perguntar nada pra ditador.
O jornalista citou ainda o presidente Lula, que se ocupou em fazer vários comentários afáveis ao ditador venezuelano desde sua chegada em Brasília.
– O presidente Lula viu uma mostra do que é uma ditadura. Ele precisa ter muito cuidado com as palavras, porque acaba perdendo credibilidade – disse.
O global afirmou que Lula, enquanto eleito por uma frente ampla, “não pode ficar passando a mão em regime que persegue jornalista, que persegue oposição”.
– É um terror, fora esse drama autoritário – disparou.
E finalizou:
– Se o Lula não teria condição de fazer uma crítica contundente como deveria fazer, pelo menos não deveria ter passado a mão.
“Não se pode perguntar nada pra ditador. O presidente Lula viu uma mostra do que é uma ditadura”.@gcamarotti no ponto sobre as agressões à imprensa no Itamaraty. pic.twitter.com/UutQJB43tE
— Samuel Pancher (@SamPancher) May 31, 2023