Adolescente tem parte do braço amputado após ataque de tubarão em Piedade

Do G1

A adolescente atacada por um tubarão nesta segunda-feira (6) teve parte do braço esquerdo amputado. De acordo com o Hospital da Restauração, a vítima passou por cirurgia e tem quadro de saúde estável, além de estar consciente e orientada, na sala de recuperação.

A jovem, identificada como Kaylane Timóteo Freitas pela Polícia Militar, sofreu os ferimentos quando tomava banho de mar na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Foi o segundo ataque em dois dias: no domingo (5), outro adolescente também foi atacado por um tubarão na mesma praia, e teve a perna amputada.

De acordo com o coordenador do Samu de Jaboatão, Marcelo Alves, a jovem também teve lesões na barriga e na perna.

O Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarão (Cemit) afirmou que o incidente desta segunda aconteceu em trecho de mar aberto, sem proteção de arrecifes. Ainda não há confirmação sobre a espécie do animal.

O caso desta segunda aconteceu nas proximidades do edifício Vila Alda, em Piedade, a cerca de 500 metros da Igrejinha, onde houve ataque do domingo (5), segundo a Polícia Militar.

Adolescente é atacada por tubarão em Piedade, Jaboatão dos Guararapes

A praia de Piedade é uma área restrita para banho desde 2021, pela frequência de ataques do tipo. Este é o terceiro ataque no litoral de Pernambuco desde 20 de fevereiro, quando um surfista foi mordido na praia Del Chifre, em Olinda.

Segundo o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarão (Cemit), há risco de incidentes no trecho de 36 quilômetros entre a Praia de Bairro Novo, em Olinda, até os Arrecifes do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho.

Um decreto estadual está em vigor desde 1999 e há 150 placas indicativas do risco de incidentes com tubarão em toda essa extensão, incluindo Jaboatão.

O Cemit realiza, nesta tarde, uma reunião extraordinária com representantes do comitê, do Corpo de Bombeiros Militar e da Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha.

A intenção é discutir a “implementação das políticas públicas, de gerenciamento costeiro e proposição de soluções para as questões ambientais do Estado”.