Foto: Chris Delmas/AFP
A Meta, dona do Facebook e Instagram, está lançando um serviço de assinatura para os usuários chamado ‘Meta verified’. O recurso oferta, entre outros benefícios, uma espécie de selo a partir de uma identificação do governo que concede ao usuário o status de ‘conta verificada’ para quem o paga. A opção estará disponível tanto no Facebook quanto no Instagram, mas serão assinaturas separadas.
A assinatura custará US$ 11,99 por mês – ou US$ 14,99 se adquirida por meio do aplicativo iOS – e é voltada principalmente para criadores de conteúdo. Além do selo que comprova a autenticidade da conta do usuário, a assinatura inclui “proteção extra contra falsificação de identidade, acesso ao suporte da conta e maior visibilidade e alcance”, segundo informou um porta-voz da Meta, em e-mail.
Foco em serviços por assinatura
A aposta da Meta em serviços por assinatura segue a recente estratégia implementada pelo Twitter, que também passou a oferecer uma assinatura para verificação de conta. O Snapchat também oferta serviço semelhante com o Snapchat Plus. A medida surge como forma de diversificar os negócios das redes sociais, cuja receita depende fortemente de publicidade.
O anúncio do investimento no ramo da assinatura ocorre em meio aos impactos sofridos pelas Big Techs diante da desaceleração da economia, o que tem contribuído para a perda da receita com publicidade. Os negócios da Meta foram duramente atingidos no início da pandemia e novamente no ano passado, durante a guerra na Ucrânia e aumento da inflação. Ao contrário dos anúncios, as assinaturas oferecem um fluxo de receita mais consistente.
Identificação do governo
Não está claro, porém, se os usuários querem pagar por serviços que sempre foram gratuitos. A oferta de assinaturas do Twitter demorou a decolar. Talvez o aspecto mais valioso do pacote de assinatura da Meta seja “maior visibilidade”. Destacar-se no Facebook ou no Instagram é mais difícil hoje em dia, mesmo entre os seguidores do próprio usuário. Isso porque a empresa começou a direcionar os usuários para receber mais conteúdo em que possam estar interessados e não necessariamente conteúdo de pessoas que eles já seguem.
Segundo a empresa, maior visibilidade significará “proeminência em algumas áreas da plataforma – como busca, comentários e recomendações”. Ao contrário do Twitter, o Meta Verified que não verifica a identidade do usuário por meio da assinatura, o Meta exigirá que os usuários confirmem sua identidade com uma identidade do governo para receber uma comprovação de verificação.
A Meta está testando o produto de assinatura primeiro na Austrália e na Nova Zelândia, e será primeiro lançado nestes dois países nesta semana.
O Globo