O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou nesta quinta-feira (2) um levantamento que aponta um superávit de R$ 2,5 bilhões na balança comercial de 2013, o pior saldo desde 2000, quando o comércio exterior brasileiro registrou um resultado negativo de U$ 731 milhões. Em relação a 2012, o superávit do ano passado registrou queda de 86,8%.
Em 2013, as exportações somaram US$ 242,178 bilhões, com uma redução de 1% em relação a 2012. Já as importações foram recorde e ficaram em US$ 239,617 bilhões, com alta de 6,5% na comparação com o ano passado. Em dezembro, as vendas externas somaram US$ 20,846 bilhões, com crescimento de 0,5% em relação ao mesmo período o ano anterior. Já as compras somaram US$ 18,192 bilhões, com queda de 1% na mesma comparação. Assim, o mês registrou um superávit de US$ 2,654 bilhões. O fraco desempenho da balança comercial no ano passado se explica, em parte, pelo baixo crescimento da economia mundial, o que desacelerou as vendas de mercadorias para outros mercados. Além disso, o câmbio favoreceu o ingresso de produtos importados no país. Outro fator que influenciou a balança foi o comércio de petróleo e derivados. Compras de petróleo de quase US$ 5 bilhões feitas pela Petrobras em 2012 só foram contabilizadas na balança de 2013, o que pesou sobre as importações. Por outro lado, entraram na conta de exportações vendas de sete plataformas de petróleo, num total de US$ 7,736 bilhões. Na prática, essas vendas não resultaram na saída de nenhuma mercadoria do país. Subsidiárias da Petrobras no exterior apenas registram a compra das plataformas e depois as internalizam no Brasil, como se estivessem sendo alugadas à estatal. Os destaques das importações de 2013 foram combustíveis e lubrificantes (com alta de 13,8% no ano), matérias-primas e bens intermediários (5,8%), bens de capital (5,4%) e bens de consumo (3,2%). O Globo. |