Festival de teatro no Rio

Novas montagens de textos consagrados da dramaturgia brasileira e novos autores encenados por grupos que buscam uma chance de ver seu trabalho conhecido têm um encontro marcado no Teatro Princesa Isabel, em Copacabana, na zona sul do Rio. Em sua 11ª edição, o Festival de Teatro Cidade do Rio de Janeiro apresenta até 1º de dezembro 24 espetáculos de companhias de todo o estado em sua mostra competitiva, 16 deles na categoria Adulta e oito na Infantil. A programação foi antecedida por uma mostra especial que trouxe à cidade, na última semana de outubro, dez peças de companhias de outros estados.Considerado um dos mais importantes eventos teatrais do Rio de Janeiro, o festival recebeu, em seus dez anos de existência, 230 espetáculos, que mobilizaram cerca de 4 mil artistas e atraíram um público de 70 mil espectadores. Nomes como Aderbal Freire-Filho, Camila Amado, Lázaro Ramos, Leonel Fischer e Luís Carlos Maciel participaram, como autores ou diretores, das dez edições.“O nosso festival tem uma diferença em relação a outros promovidos no país: nós damos como premiação uma temporada no teatro”, disse o produtor cultural Eduardo Marins, idealizador e curador do evento. Além de receberem o Troféu Arlequim, os espetáculos premiados nas categorias Adulto e Infantil ficarão um mês em cartaz no Teatro Princesa Isabel. “Muitas dessas companhias ainda não tiveram uma oportunidade concreta em sua carreira. O festival dá a esses grupos a chance de mostrar o trabalho em um teatro de ponta, como é o Princesa Isabel, e permite a descoberta de novos talentos”, ressaltou Eduardo Marins, lembrando que nesta edição foram 550 os espetáculos inscritos.O Teatro Princesa Isabel fica na Avenida Princesa Isabel, 186, em Copacabana, zona sul do Rio.A programação completa pode ser consultada no site: www.teatrofest.com.

Longa-metragem “Uma História de Amor e Fúria” pode concorrer ao Oscar 2014 de animação

Depois de encantar o público nacional com sua fábula sobre os heróis brasileiros que “não viraram estátua”, a animação “Uma História de Amor e Fúria”, do diretor Luiz Bolognesi está conquistando outras plateias: o longa consta, ao lado de outras 19 produções, entre os classificados para concorrer a uma indicação ao Oscar 2014 de melhor animação. Para a cerimônia, que acontece em 2 de março do ano que vem, se inscreveram mais de 2.500 filmes de animação de vários países. “Uma História de Amor e Fúria” figura na lista de pré-selecionados entre produções de grandes estúdios internacionais, incluindo Frozen, da Disney, e Universidade Monstros, da Pixar.De acordo com  Marianna Salles Falcão, do site da Secretaria de Estado de Cultura do Rio, para chegar a concorrer à estatueta, o longa deve ainda passar por mais duas peneiras, uma que selecionará 16 filmes dos 19 anunciados, e a última, que indicará os cinco finalistas da categoria. Se for selecionado, o filme será a primeira animação brasileira a chegar à cerimônia do Oscar.O reconhecimento fora do Brasil, porém, não é uma novidade para o longa: em junho desse ano, Uma História de Amor e Fúria sagrou-se vencedora do maior prêmio do Festival de Annecy, na França, um dos maiores dedicados à indústria de animação de todo mundo.O filme acompanha trajetória de um guerreiro indígena (dublado por Selton Mello), que, imortal, alterna-se entre um pássaro e a forma humana, e segue, viajando por vários séculos, atrás de sua amada Janaína (dublada por Camila Pitanga). Utilizando uma linguagem que lembra a das histórias em quadrinhos, o longa revisita momentos chave da História do país, como o período colonial e a ditadura, e também se arrisca a imaginar um Brasil futurista. “Eu sempre quis fazer um trabalho que misturasse grafic novel com animação, contando a história do Brasil. O desenho te dá possibilidades de fazer coisas que com o `live action` seria mais difícil, custaria muito dinheiro, seria uma produção bem mais complicada. Imagina fazer um filme que envolve a produção de tantas épocas históricas diferentes… Seria quase inviável”, contou o diretor Luiz Bolognesi em entrevista ao cultura.rj no lançamento do longa, em abril.

Exposição reúne mais de 1,3 mil obras de arte popular em São Paulo

O trabalho de cerca de 600 artistas foi reunido para a exposição Grandes Mestres da Arte Popular Ibero-Americana. Há obras representativas da cultura da América Latina, Espanha e de Portugal. São 1,3 mil produções compostas por mais de 2,2 mil peças, que podem ser vistas até 19 de janeiro de 2014, no Centro Cultural Fiesp, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.Segundo a responsável pelo espaço, Alexandra Miamoto, a mostra chama atenção pelo tamanho. “Realmente, a galeria está completamente tomada pela mostra gigantesca”, disse. Inédita no Brasil, a exposição passou pelo México, pela Espanha e Colômbia.As peças começaram a ser colecionadas em 1995 pela mexicana Cándida Fernández. De acordo com Alexandra, o principal intuito do projeto é promover a divulgação dos trabalhos artesanais. “Ela quer promover os artesãos. Artistas que não têm aula, não têm ensino nenhum e que aprendem tudo na vida”, explica sobre as peças compradas de artistas vivos.O Brasil é representado por 79 artistas, principalmente de Minas Gerais, Mato Grosso e Pernambuco. “As peças brasileiras se destacam muito pelo barro. As peças de barro são as que eles conseguem se conectar mais com o país”, destaca Alexandra. Os trabalhos nacionais também chamam atenção pelos preços: segundo a curadora, as peças brasileiras estão entre as mais caras, ficando atrás apenas das espanholas.As obras estão organizadas por forma e materiais usados. São sessões como a de joalheria, que reúne peças em ouro e prata, ou a de máscaras, com produtos de vários países. Há ainda trabalhos feitos com cerâmica, madeira, papel, tecidos e fibras vegetais.

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