De Casa Amarela para o coração do Brasil, a cantora pernambucana emocionou o público com sua potência vocal e sua trajetória inspiradora.
Por Flávio Chaves – Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras. Foi Delegado Federal/Minc – A música tem o poder de romper fronteiras e transformar destinos — e ninguém melhor para provar isso do que Katy Suan. Com 29 anos, nascida e criada no bairro de Casa Amarela, no Recife, ela trocou os balcões da lanchonete da família pelos palcos da televisão brasileira. No último domingo, sua presença marcante no programa Domingão com Huck, da TV Globo, foi mais do que uma apresentação musical: foi um manifesto de talento, raiz e emoção.
Katy, que começou cantando em cultos evangélicos, jamais imaginou que um simples vídeo postado por um amigo se tornaria o passaporte para uma trajetória nacional. Da timidez da igreja à vibração das câmeras, sua caminhada carrega a alma da música nordestina e o brilho autêntico da cultura de Pernambuco.
Mas o momento mais arrebatador da noite não veio apenas com sua voz — veio com a reação de quem a assistia. Ao final da apresentação, visivelmente emocionado, o apresentador Luciano Huck fez questão de afirmar, diante das câmeras e do país inteiro:
“Desde que estou apresentando o Domingão, esse foi o momento mais bonito e encantador que eu vivi aqui.”
Foi como se o Brasil parasse por alguns segundos para escutar não apenas a voz de Katy, mas também a alma de uma gente — o canto de um povo que carrega história, beleza e resistência.
Sua interpretação tocou profundamente jurados e público, e não tardou para as redes sociais serem tomadas por mensagens de orgulho e comoção. “É emocionante ver alguém do nosso povo brilhar assim, com verdade, com emoção”, disse uma espectadora. E não poderia ser diferente: Katy Suan é dessas artistas que não apenas cantam — elas comunicam, envolvem, encantam.
A cultura pernambucana se fez ouvir, viva e pulsante, na voz dessa mulher que carrega nas notas e nas palavras o perfume das ladeiras do Recife, o calor humano das feiras e das praças, e a fé que nasce da superação.
Que venham novos palcos, novos voos, novas conquistas. Porque o Brasil agora sabe: de Casa Amarela saiu uma estrela chamada Katy Suan. E essa estrela está apenas começando a brilhar.