Antonio Campos denuncia prática de “voto Pix” nas eleições em Olinda e pede investigação ao Banco Central

  Olinda, 8 de outubro de 2024 — O escritor e advogado Antonio Campos, apresentou uma denúncia grave sobre a prática do chamado “voto Pix” nas eleições municipais. Segundo Campos, militantes estariam oferecendo valores entre R$ 50 e R$ 200 aos eleitores para que fotografem o momento do voto e, em seguida, recebam o pagamento via transferência bancária instantânea (Pix). A denúncia aponta que essa prática substituiu a tradicional boca de urna com santinhos por uma nova forma de compra de votos digital.

Em uma ação protocolada contra a candidata Mirella e o atual prefeito Lupércio, Campos afirma ter registrado diversos casos dessa prática no dia da eleição e está solicitando ao juiz responsável que acione o Banco Central para verificar todos os Pix realizados em Olinda durante o período eleitoral. A investigação também pediria a identificação dos CPFs envolvidos nas transações, visando comprovar a irregularidade.

“Estamos pedindo ao Juiz que solicite ao Banco Central todos os Pix feitos em Olinda no dia da eleição, juntamente com os CPFs dos remetentes e beneficiários. Esta ação vai tramitar em segredo de Justiça, mas estamos confiantes de que o arsenal de provas que coletamos será suficiente para levar essa questão até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se necessário”, destacou Campos.

Ainda em sua declaração, Campos afirmou que, mesmo se a candidata Mirella vencer as eleições, ele e sua equipe jurídica terão material suficiente para buscar a cassação de seu mandato. “Se Mirella ganhar, o que não vai acontecer, o arsenal de ações e provas dá para cassar ela até a terceira geração”, disse, em tom de firmeza. Ele também mencionou que recorrerá ao TSE, caso necessário, independentemente do resultado final da eleição.

Campos finalizou a  sua nota pedindo mais fiscalização no processo eleitoral de Olinda, reforçando o combate ao que chamou de “voto Pix”, e incentivou a coligação adversária a levar suas denúncias ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). “A Coligação de Vini precisa ir ao TRE e relatar o uso da máquina pública e o voto Pix no dia da eleição”, concluiu Campos.

Essa denúncia traz à tona a urgência de maior fiscalização nas eleições e levanta questões sobre o uso indevido de tecnologia para fins ilícitos no processo eleitoral.