Venezuela investiga site que arrecada fundos para promover ‘queda’ de Maduro

O ministro do Interior, Diosdado Cabello, classificou a arrecadação de fundos como uma “fraude”

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (foto: Federico PARRA / AFP)
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (foto: Federico PARRA / AFP)

Nos dias anteriores, quatro americanos – um deles militar ativo -, dois espanhóis e um tcheco foram presos, enquanto as autoridades denunciavam um plano para assassinar Maduro e outros funcionários do alto escalão.

O site, pelo qual nenhuma organização assumiu responsabilidade, não forneceu informações sobre quais iniciativas pretende financiar. A AFP solicitou uma entrevista com um porta-voz por meio do site, sem sucesso.

Maduro alertou Guterres sobre “ameaças” nas redes sociais, onde “promovem, inclusive, a arrecadação de fundos para realizar atentados contra as instituições”.

Esse senhor Erik Prince, ameaçando (…) Não estamos desarmados”, reagiu o ministro da Defesa, general Vladimir Padrino. “Vão receber uma resposta contundente, em primeira linha, das Forças Armadas.”

O chavismo frequentemente denuncia conspirações. “Eles gostariam de copiar a Operação Gedeão”, disse Saab, em referência a um plano para invadir a Venezuela que, em 2020, resultou na morte de oito mercenários, segundo as autoridades, e na prisão de dois americanos.

Na conta do “Ya Casi Venezuela” na rede social X, alguns se mostravam esperançosos, enquanto outros eram céticos. “Estou dentro, quem não arrisca não ganha”, escreveu um usuário. “Era só o que faltava”, reclamou outro.

O ministro do Interior, Diosdado Cabello, classificou a arrecadação de fundos como uma “fraude”.

Prince “viu um potencial criminoso para levantar dinheiro de forma ágil e rápida”, afirmou Cabello. “Daí nasceu a ideia de usar como fachada a ‘liberdade’, entre aspas, da Venezuela”, acrescentou o ministro, que pediu aos Estados Unidos uma “investigação aberta e séria”.