O prefeito de Olinda, Lupércio, parece ter se embrenhado em um caminho sem volta, onde a bússola da boa gestão foi trocada pela desorientação administrativa. Nem o histórico Farol de Olinda, que há séculos guia embarcações em águas traiçoeiras, conseguiu iluminá-lo no trajeto. Hoje, 31 de agosto, ele protagonizou um ato que só reforça sua falta de noção sobre os limites de sua própria cidade. Lupércio inaugurou a Rua das Flores, que, ironicamente, não floresce em Olinda, mas sim na cidade vizinha, Paulista. E para piorar, utilizou recursos públicos de Olinda para pavimentar uma via que pertence ao município limítrofe.
Esse episódio não poderia ser mais estranho e, ao mesmo tempo, emblemático. Afinal, não é todo dia que se vê um prefeito inaugurando obras em uma cidade que ele não governa. Mas, o que torna tudo ainda mais intrigante é o fato de que Lupércio tem uma candidata à prefeitura de Paulista. Será que essa “confusão geográfica” foi um desvio inocente ou uma manobra calculada para conquistar simpatizantes em outra jurisdição?
O candidato da oposição, Antônio Campos (PRTB), não deixou passar batido e enviou uma nota contundente sobre o caso:
“O Prefeito Lupércio calça e inaugura hoje, 31 de agosto, uma rua com endereço em Paulista usando dinheiro de Olinda, a Rua das Flores. Sabemos que ele tem uma candidata em Paulista, mas estender sua competência para pavimentar uma rua em outra cidade é outra história. Alegar que há uma discussão sobre os limites entre as cidades não cola, porque toda a documentação atual diz que a rua pertence a Paulista. O prefeito, que já fez pegadinhas sobre localidades em Paulista e Olinda, agora é vítima de seu próprio desconhecimento administrativo e da cidade. Darei conhecimento ao Ministério Público do uso indevido de dinheiro público de Olinda e vou mandar um mapa e um aplicativo para ele não se perder em Olinda. O Professor da Marajá tá precisando de melhor senso de direção, tá perdido.”
Enquanto isso, o povo de Olinda observa, perplexo, o prefeito se perder em suas atribuições, deixando a cidade à deriva. Em tempos onde a liderança é crucial, Olinda merece alguém que saiba, ao menos, onde fica sua própria cidade.