
Do Jornal O PODER
O pré-candidato pelo PRTB Antônio Campos dá entrevista exclusiva sobre o cenário eleitoral e político de Olinda e de Pernambuco atual e diz que o olindense vai decidir o seu destino de forma livre e sem caciques e que a teoria do andor não vai funcionar.
O Poder – Pesquisa eleitoral demonstra que o senhor é bem lembrado quando aparecem apenas os nomes dos candidatos, mas quando aparecem os apoios, Vini e Izabel crescem. O que tem a dizer?
Antônio Campos – Em Olinda, não vai prosperar andor, nem retrovisor. O povo olindense é dono de seu destino e a hora da mudança chegou. É hora do protagonismo de Olinda, de deixar de ser cidade dormitório e se livrar de caciques que não trouxeram melhoras para Olinda. Iremos ao 2º turno e venceremos as eleições. Teve uma célebre eleição em Recife, com um mega andor com Marcus Cunha, que foi um fiasco.
O Poder – Como vê a candidatura de Vini/Celso Muniz, que foi objeto de comentários da imprensa e do meio político?
Antônio Campos – Vini é um rapaz bem intencionado, mas não só de boas intenções vive o mundo. O senhor das sombras Renildo Calheiros, péssimo gestor que foi em Olinda, não vai emplacar, uma chapa de contrários, óleo e água, colocando um vice-empresário de bandeiras ultraconservadoras, que foi muito beneficiado na era da gestão PC do B, numa chapa do PT.
O PC do B é o que tem de mais conservador na política brasileira, que vai da saudosa Albânia até os rincões da Alagoas feudal e de seus coronéis. Só em Pernambuco e no PSB, Renildo teria essa influência. Em terra de cegueira e ódio político, quem tem um olho é Rei.
O Poder – Como vê a candidatura de Izabel de Olinda?
Antônio Campos – Izabel é o que tem de mais atrasado na política de Olinda. Renega o nome Urquiza, ante o caos da gestão de sua mãe, com diversas obrigações atrasadas de Olinda, naquela gestão, lixo nas ruas, tendo até decisão judicial, na última semana, afastando do cargo. A gestão Urquiza, em Olinda, não pode ser resumida a uma recente absolvição tardia, em um assunto. E Izabel ainda tem coragem de falar da gestão de Lupércio, da qual participou ativamente. Outro aspecto, é uma falsa bolsonarista, por oportunismo. A campanha mostrará.
O Poder – Como vê o apoio de João Campos a Vini?
Antônio Campos – O menino de Recife, João, tem feito uma boa gestão, mas tem errado na política e na gratidão. Recentemente, deu entrevista que Renildo Calheiros enrolava seu pai e queria agora lhe enrolar, em tom de brincadeira, mas é algo real.
Inicialmente, acho que o menino do Recife, João, está sendo mais uma vez ingrato com o PT e o presidente Lula, de quem falou mal, quando candidato a Prefeito. Lança, agora, uma chapa PSB e um falso PC do B, em Recife, e ainda banca uma eleição, em São Paulo, concorrendo com o candidato de Lula. E para arrematar, Renildo bota um candidato a vice em Olinda, na chapa do PT, um empresário muito ligado a ele e Luciana Santos. Lula está fazendo de conta que não está entendendo, mas o mundo dá curva.
Eduardo Campos, meu irmão, que nem sempre acertou, errou ao retirar a candidatura do honrado e saudoso Ricardo Costa para bancar a candidatura de Renildo Calheiros, em Olinda, que foi eleito por um triz e um péssimo gestor. Deveria ter recebido o prêmio de turista padrão, em sua gestão. O menino do Recife está tendo um mau professor da família Calheiros, muito conhecida em Alagoas, que deu um traço no PT, pois seu projeto é ser vice de João, na chapa de governador, perpetuando a sua influência política.
O Poder – Como vê o Governo Raquel Lyra?
Antônio Campos – Está sendo uma boa governadora para Olinda. Deixa a mulher trabalhar.

O Poder – E o Governo Lula?
Antônio Campos – Tirando os programas sociais, tem tido muita dificuldade na economia, o que precisa ser corrigido.
O Poder – O seu partido PRTB é uma legenda pequena e tem um candidato em São Paulo, que é Pablo Marçal. O que tem a dizer?
Antônio Campos – O PRTB me acolheu e sou grato. Irá crescer nessas eleições.
Pablo Marçal é um comunicador, que reflete uma boa parte o eleitor conservador de São Paulo. Existe uma onda conservadora no mundo, em grande parte gerada por uma crise de identidade e de valores no mundo, que se acentua na era das redes sociais. É um candidato competitivo.
O Poder – E a candidata Mirella Almeida do Professor Lupércio?
Antônio Campos – Mirella é um produto de marketing e da máquina da Prefeitura de Olinda. Seu grande efeito em Olinda foi ser a Marajá de Olinda, ante o seu alto valor, que inclusive parte, quando Secretária da Fazenda, foi ilegal, segundo auditoria do TCE. Não vai a canto nenhum.
O Poder – Quais as suas principais bandeiras para Olinda?
Antônio Campos – Quero ser a voz e dar vez as periferias de Olinda. Fazer de Olinda a Capital Criativa do Nordeste, gerando empregos.
Cuidar da população de Olinda, especialmente dos mais carentes, com projetos sociais, com mais saúde, educação e segurança.
Convenção Partidária: PRTB ( Partido Renovador Trabalhista Brasileiro)
Data: 04/08
Hora: 09h às 14h
Local: Rua 27 de fevereiro, no 35, no bairro do Carmo, Olinda/PE