Por Flávio Chaves – Jornalista, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras. Foi Delegado Federal/Minc

No calendário das celebrações culturais, o dia 25 de julho ocupa um lugar especial, marcado pela comemoração do Dia do Escritor. Esta data, escolhida com esmero, foi instituída em 1960 durante a realização do I Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira de Escritores (UBE). Mais do que uma homenagem, o Dia do Escritor é um tributo àqueles que fazem das palavras um ofício, um ato de resistência e um exercício contínuo de imaginação.

Os escritores são aqueles que, desde as primeiras luzes do dia, se abraçam com as palavras. Com sensibilidade e maestria, transformam experiências, sentimentos e reflexões em literatura. Cada palavra escolhida, cada frase construída, é uma tentativa de capturar a essência do mundo ao seu redor e de si mesmos. É um trabalho solitário e, ao mesmo tempo, profundamente conectado com o outro, pois é na leitura que suas criações ganham vida e significado.

O ato de escrever é, por essência, um exercício de viver. É através da escrita que os escritores exploram suas próprias existências, enfrentam seus demônios, celebram suas alegrias e compartilham suas visões. Escrever é um ato de coragem, de mergulhar nas profundezas da alma e trazer à tona o que há de mais íntimo e universal. É um processo que exige disciplina, paciência e uma paixão incansável pelas palavras.

Neste dia dedicado aos escritores, é justo lembrar que cada obra literária é fruto de muitas manhãs de dedicação, de noites insones, de momentos de inspiração e de longas horas de revisão. A vida do escritor é feita de rascunhos, de capítulos reescritos, de personagens que ganham vida e de enredos que se desenrolam com a mesma intensidade das nossas próprias histórias.

Celebrar o Dia do Escritor é reconhecer o valor daqueles que, com sua arte, nos transportam para outros mundos, nos fazem refletir sobre a nossa realidade e nos permitem viver múltiplas vidas através da leitura. É um convite a valorizar a literatura, a apoiar os escritores e a cultivar o hábito da leitura como um caminho para o enriquecimento pessoal e cultural.

Que suas canetas e teclados nunca se cansem de criar com aa sua alma no caminho das palavras vindas, e que suas mentes continuem a ser um terreno fértil para a imaginação e a inovação. Pois, afinal, escrever é mais do que um ofício; é um modo de viver, uma forma de existir e de perpetuar a essência humana em cada linha traçada.