Ganha força à medida que a pressão aumenta a possível instalação de uma CPI para investigar as contas do Carnaval de Olinda 2023

A Prefeitura de Olinda está sob pressão devido à falta de prestação de contas do Carnaval 2023. Estima-se que o evento tenha gasto cerca de 15 milhões de reais, provenientes de patrocínios e verbas próprias, e gerado aproximadamente 400 milhões de receita. Segundo o pré-candidato a prefeito Antônio Campos, a Lei Municipal do Carnaval de Olinda estabelece um prazo de 30 dias para o envio da prestação de contas à Câmara Municipal, e não até julho, como afirmou recentemente uma candidata. Campos acusa a atual gestão de negligência por não cumprir esse prazo.

Campos vai solicitar ao Tribunal de Contas do Estado uma tomada de contas especial, através de uma representação ao Ministério Público de Contas. Além de não prestar contas adequadamente, a Prefeitura de Olinda ainda deve mais da metade dos artistas e prestadores de serviços que trabalharam no carnaval. A prestação de contas de 2023, segundo Campos, foi uma “peça de ficção”, composta por cerca de 900 páginas de fotos e imagens do evento, mas apenas três páginas contábeis.

“A falta de compromisso e transparência precisa mudar”, declarou. Ele enfatizou a importância de uma gestão transparente e responsável, especialmente em eventos de grande porte como o Carnaval de Olinda, que movimenta a economia local e atrai turistas de todo o país. A possível instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as contas do Carnaval 2023 ganha força à medida que a pressão aumenta sobre a atual administração para esclarecer os gastos e receitas do evento.

A comunidade olindense e os agentes culturais aguardam ansiosos por uma resolução. A transparência nas contas públicas é fundamental para garantir a confiança da população e a continuidade de eventos culturais importantes para a cidade. A instalação da CPI poderá ser o primeiro passo para uma gestão mais clara e comprometida com o uso adequado dos recursos públicos.