Imprensa criativa? Não. Páginas pagas.

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Por Benjamim Cafalli

 Imprensa criativa

Antigamente, a chamada matéria paga nos jornais e revistas – texto produzido  por agências para promover empresa ou produto – vinha acompanhada de um aviso colorido para destacá-la do resto da publicação: “Informe Publicitário”. Hoje em dia a situação mudou, as empresas jornalísticas sofisticaram as matérias pagas e elas mesmas passaram a produzi-las. Para isso, criaram departamentos, n’ “O Estado de S. Paulo” ganhou o nome de Blue Studio; na “Folha de S.Paulo”, Estúdio Folha, por exemplo.

O fato a criticar  é que as publicações promovem seus clientes mas deixam de lado questões fundamentais. É só oba-oba ou reivindicações, sem lidar com a verdade verdadeira como se diz na hinterlândia paulista.

Um exemplo é “O Futuro da Indústria”, “especial” publicado pelo Blue Studio na semana passada. Contém textos com títulos como “Em busca de modernização, com inovação e compromisso sustentável” – lê-se o texto e o compromisso não é real; “Para liderar mercado de hidrogênio verde, Brasil tem de acelerar marco regulatório”, assunto que depende de um dos mais venais Congressos já empossados no país; “Desafio é criar ambiente menos hostil para a produção brasileira”. Este texto lida com as dificuldades, mas tangencia a realidade.

Sem dúvida, o consumidor brasileiro não vê com bons olhos a brutal diferença de preços – e qualidade – do mesmo produto fabricado aqui e no Exterior, isto sem mencionar a China, país que paga muito mal seus trabalhadores, portanto tudo custa menos.

 O que não foi tratado em nenhum dos textos é “O empresário brasileiro é capitalista?”. Não, não é. Ele quer viver de benesses do governo, de taxações absurdas de produtos estrangeiros, de isenções de impostos que não têm como consequência queda dos preços. E a regra básica do regime capitalista, a Lei da Oferta e da Procura, tem mão única para eles. Se a procura é grande, maior que a produção, cobram ágio; se é o contrário exigem favores, isenções, prorrogação de pagamento de impostos, isso quando não sonegam à espera de algum programa que lhes permita pagar a perder de vista – e com desconto – o que devem. Isso quando não quebram, ficam devendo aos funcionários e vão chorar as mágoas passeando pela Europa.

Mas isso tudo não é o pior. O pior mesmo é que sempre escolhem os piores candidatos para apoiar qualquer que seja o nível da eleição.

 Para refrescar a memória: o prédio da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – a mais importante de país, tem o nome de Edifício Luís Eulálio de Bueno Vidigal Filho. Quem foi ele? Foi presidente da Fiesp de 1980 a 1986. Também foi presidente da Cobrasma – fabricante de material ferroviário – que foi à falência em 1993. Ele escondeu o fato de que a empresa estava indo à bancarrota, dizia que tudo estava bem. Deu um enorme golpe no mercado. O caso foi arquivado em 1999 pelo juiz João Carlos da Rocha Mattos, preso em 2003 na Operação Anaconda, da Polícia Federal, por vender sentenças.

 O atual presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, pediu afastamento de 40 dias no começo do mês  porque a empresa que preside, a Coteminas, entrou em recuperação judicial.

 Desta forma, os industriais e comerciantes sérios, há em grande número, acabam por ser injustamente incluídos no mesmo pacote. É o mesmo caso dos “evangélicos”.

 Este é, infelizmente, o verdadeiro retrato do empresãrio brasileiro, não é o que está na matéria paga.

 Hein???

O Parlamento de Israel vai votar uma lei com o intuito de classificar a agência da ONU para refugiados palestinos como uma “organização terrorista”

A agência é a maior organização de ajuda em Gaza. Israel fez falsas acusações tempos atrás  alegando que seus partícipes fazem parte do grupo terrorista Hamas.

O que Israel pretende equivale, mutatis mutandi, a dizer que os nazistas eram perseguidos pelos judeus na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial.

Netanyahu seria cômico se não fosse trágico.

Tem gente desacreditando a Justiça e os órgãos reguladores nada fazem.

 Na semana passada aconteceram dois episódios. Um foi a prisão – com resistência, foram necessários cinco PMs para imobilizá-lo – de um indivíduo passando-se por delegado e advogado – foram apreendidos documentos falsos e armamento – em um carro com sirene e giroflex irregulares. Um de seus advogados declarou em entrevista que o cliente era inocente, que tudo não passou de uma brincadeira…

O outro episódio envolveu um motorista que disputava um racha – há vídeo provando. Ele bateu em uma mototáxi, sinistro que resultou na amputação de uma perna da passageira. Fugiu do local sem prestar ajuda. Apresentou-se em uma delegacia 40 horas depois, declarou que não percebeu a gravidade da batida e que se evadiu por medo, disse que já havia sido vítima de sequestro-relâmpago. A evidente mentira, é óbvio foi engendrada por sua defesa.

Semanas antes houve a batida de um Porsche em excesso de velocidade dirigido por um motorista bêbado que resultou na morte de quem guiava o carro atingido. Seus advogados criaram inverossímeis versões da batida. O criminoso, depois de muito tempo, acabou tendo sua prisão preventiva decretada.

Uma pergunta à OAB: vale tudo para defender um cliente, não há limite?

Mas o imbatível no quesito desmoralização é o ministro do STF “Adias” Toffoli. Conseguiu o que parecia impossível, superou-se em matéria do inacreditável. E, desta vez, chamou todo mundo de burro. Anulou todas as condenações de Marcelo Odebrecht – que diz que “Adias” é “o amigo do amigo do meu pai”, o suficiente para que se declarasse impedido para julgar qualquer ação que envolva a família – mas manteve o teor das delações que levaram à sua condenação na Lava Jato.

Pode isto, Arnaldo??? PGR, vai assistir a tudo sem pedir um inquérito?

Alguém lembra de um pior?

Nem nos tempos da ditadura. O Centrão no Congresso  manteve ontem o veto do coiso de atualização  da Lei de Segurança Nacional. Os dois principais itens vetados são os que criminalizava as fake news, a arma predileta da bolsonalha, e o que aumentava a punição de militares por crimes contra o Estado Democrático de Direito, regime que lhes causa ojeriza.

Os “patriotas”

Lembram da súcia de “paralamentares” que foi ao Congresso norte-americano no começo do mês em uma tentativa de desacreditar o STF e saiu com o rabinho entre as pernas?  A conta chegou  à Câmara! A brincadeira custou quase R$ 55 mil para nossos bolsos.

Os bolsonalhos 03 e Rodrigo Valadares usaram cota parlamentar. Bia Kicis, mas ninguém quer…, Nikolas Ferreira, aquele, e Gustavo Gayer alegaram estar em missão oficial! Desde quando trair seu país é missão oficial? Ah, erro meu, entre eles é praxe…

Mein Gott!!!

 A “antalógica” figura do prefeito de Balneário Barra do Sul (SC) disse em entrevista  que as enchentes que atingem o Rio Grande do Sul são devidas ao fato de o estado ter poucas igrejas.

“É o estado que tem menos igreja, e lá é centro de…que não agrada aos olhos de Deus”. A inefável personalidade não percebeu que na visão dele Deus  é mau, que está se vingando dos gaúchos.

Haja insânia!!! 

Uma dúvida

Na semana passada, no jogo entre o Santos FC e América (MG) houve um lance que deu origem a uma discussão infindável. O goleiro santista João Paulo machucou-se ao tentar tirar a bola do atacante mineiro Renato Marques que aproveitou e fez um gol.

Está sendo acusado de falta de fairplay, dizem que deveria ter psarado o lance.

Pergunta inocente: e se o contundido tivesse sido ele algum jogador santista teria completado o lance e feito o gol?

Ou é regra de mão única?

(CACALO KFOURI)

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Copiada do Estadãozinho

Defensoria cobra STF sobre câmeras corporais em SP

Alegação é de(XXX) que a gestão Tarcísio não cumpriu acordo, ao prever câmeras para PMs sem gravação ininterrupta

(XXX) No dia em que a turma aprender que é “a de que” ou “é que” – e que campus, plural campi, é palavra latina, sem tradução em Português, não tem chapéu – vai chover canivete, e suiço!

 O “Estadãozinho” segue o “Vocabulário Incorreto da Língua Portuguesa”, o “Vilp”.

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Copiadas do Blog do Ancelmo