Bolsonaro e Braga Netto vão recorrer ao STF contra a inelegibilidade por 8 anos

Bolsonarismo de Braga Netto é alvo de críticas de militares e no Supremo - 13/07/2021 - Poder - Folha

A condenação foi por fazerem campanha no Sete de Setembro

Mayara da Paz e Lucas Mendes
CNN Brasil

Diante da decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, que rejeitou um recurso apresentando pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro Walter Braga Netto (PL) contra a condenação por abuso de poder durante as comemorações do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022, os advogados da chapa derrotada em 2020 vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal.

Com essa decisão, o ministro Alexandre de Moraes mantém a inelegibilidade dos dois por oito anos.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – O questionamento da defesa de Bolsonaro e Braga Netto ocorreu por meio do chamado “recurso extraordinário”, que serve como uma “contestação prévia”, necessária para entrar com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o mesmo tema.

Na decisão, Alexandre de Moraes afirma que o pedido foi negado por questões processuais.

“A controvérsia foi decidida com base nas peculiaridades do caso concreto, de modo que alterar a conclusão do acórdão recorrido pressupõe revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, providência que se revela incompatível com o Recurso Extraordinário”, escreveu.

RECURSO AO SUPREMO – Mesmo com a negativa do ministro, Bolsonaro e Braga Netto resolveram recorrer ao Supremo que é a última instância do Judiciário.

Em outubro do ano passado, o TSE tornou, por 5 votos a 2, Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto inelegíveis. O entendimento da Corte foi que os dois cometeram abuso de poder político ao usar as comemorações oficiais do 7 de Setembro de 2022 para fins eleitorais.

Na época, o tribunal também referendou a aplicação de uma multa no valor de R$ 425,6 mil a Bolsonaro e de R$ 212,8 mil a Braga Netto, pela prática de conduta vedada a agente público.