Americano Vincent Dransfield dirige todos os dias e vive sozinho na mesma casa desde 1945
— Consigo fazer tudo, dirijo muito bem — disse o idoso ao portal de notícias americano TODAY.com. A família, que visita Vincent uma vez por semana para mantê-lo abastecido e saber como estão as coisas, conta que ele de fato tem uma boa saúde: à exceção de algumas dores no joelho, utiliza tranquilamente as escadas para chegar ao segundo andar, onde fica seu quarto, ou ao porão, onde lava suas roupas.
Erica Lista, neta do americano, diz que familiares, amigos e médicos ficam impressionados com a longevidade saudável de Vincent. Ela brinca que tem mais problemas de saúde aos 49 anos do que seu avô aos 110.
De acordo com o ranking do Gerontology Research Group, a pessoa mais velha do mundo hoje tem 117 anos, a também americana Maria Branyas Morera. Mas Vincent não está longe, menos de uma década separa ele e o topo da lista.
Ao TODAY.com, ele contou que nunca teve doenças cardíacas ou câncer, enfermidades comuns durante o envelhecimento. — Tive muita, muita, muita sorte na minha vida — celebrou ele, que tem hoje um filho, três netos e sete bisnetos. Vincent chegou a ser casado por 54 anos, mas sua esposa morreu em 1992, quando ele tinha cerca de 80 anos.
Mas como o americano chegou tão longe com boa saúde? Ainda que não seja possível definir exatamente os fatores, e a genética tenha um papel importante, Vincent acredita que tem alguns hábitos e posturas adotadas por ele durante a vida que influenciaram.
1 – Dedique tempo para fazer o que você ama
Durante mais de 80 anos, Vincent atuou como membro voluntário do corpo de bombeiros. É justamente o que ele responde em primeiro lugar quando perguntado o que lhe trouxe felicidade e o fez viver tanto: — Os bombeiros… Conheci tantos amigos.
Para a neta Erica, isso foi importante especialmente depois que ele perdeu a esposa. — Todos os dias, ele ia ao corpo de bombeiros das 3 às 5, e todos os velhos sentavam lá e conversavam. Era como se fosse a família dele — contou.
A atuação era voluntária, em relação à vida profissional Vincent passou a maior parte dos 60 anos em que trabalhou atuando como gerente de peças automotivas.
2 – Leite faz bem ao corpo
Para ajudar a sustentar a família, Vincent deixou a escola depois da 8ª série e foi trabalhar em uma fazenda de gado leiteiro, aos 15 anos. Ele conta que bebia o quanto de leite queria, o que, acredita, ajudou no seu desenvolvimento, especialmente durante a Grande Depressão na década de 1930.
— Eu tomava leite e me alimentava bem porque trabalhava na fazenda. E muitas vezes volto e penso que eles me deram um bom começo de vida e para os ossos do meu corpo — afirmou ao portal americano.
3 – Esteja sempre ativo
Vincent nunca levantou pesos ou frequentou a academia, mas sempre permaneceu em movimento ao longo da vida. — Eu tinha 21 anos quando entrei para o corpo de bombeiros e esse é o exercício que faço todos os dias, atender aos alarmes de incêndio — disse.
4 – Curta o que você come
O centenário conta que gosta de comida italiana, hambúrguer, salada, chocolate ao leite e outros doces. E que toma uma xícara de café todos os dias. Ocasionalmente, bebe cerveja, mas não gosta tanto de outras bebidas alcoólicas.
Curiosamente, ele não seguiu os padrões alimentares mais regrados observados nas chamadas Zonas Azuis, regiões do planeta com uma alta proporção de pessoas que chega aos 100 anos.
Para Erica, sua neta, ele sempre permaneceu em movimento, então o que comia, e se precisava perder peso, não eram preocupações: — Ele comeu o que quis. Ele nunca observou seu peso. Ele nunca teve que perder peso. Ele sempre esteve em forma.
5 – Nunca é tarde para consertar um mau hábito
Se você já passou dos 30 e acha que é muito tarde para sair do sedentarismo ou largar o cigarro é melhor repensar. Vincent começou a fumar aos 50 anos, depois que um colega lhe ofereceu um cigarro. Mas cerca de 20 anos depois, aos 70, desistiu.
6 – Ria da vida
Segundo Erica contou ao TODAY.com, o americano tem um ótimo senso de humor e gosta de saber o nome de todo mundo na cidade. — Ele sempre teve uma atitude muito positiva e otimista, mesmo quando minha avó faleceu. Ele vivia para ela, mas estava determinado a continuar vivendo — contou.
Vincent concorda: — Conhecer e amar as pessoas me faz viver mais. Eu me mantenho positivo. Nunca penso de outra forma quando algo está errado.