Clube Espanadores do Carpina: Memórias Carnavalescas e Cultural de uma Comunidade. Por Flávio Chaves

Por Flávio Chaves – Jornalista, escritor, poeta e membro da Academia Pernambucana de Letras. Foi Delegado Federal/Minc

Fundado em 17 de fevereiro de 1917, o Clube Carnavalesco Misto Espanadores do Carpina emerge como um monumento vivo de tradição e cultura, enraizado nas profundezas da história de nossa comunidade. Completando 107 anos de existência, esta instituição desempenhou um papel fundamental na celebração do carnaval e na preservação das raízes locais.

O nascimento do Espanadores do Carpina foi uma manifestação de criatividade e união entre um grupo de moradores e trabalhadores da rede ferroviária da antiga vila de Floresta dos Leões. Inspirados pelo espírito festivo do carnaval, esses visionários deram vida a uma agremiação que logo se tornaria uma parte indissociável da identidade cultural da região.

O nome peculiar “Espanadores” é uma homenagem aos seus fundadores, muitos dos quais dedicavam suas vidas ao trabalho árduo de faxina, limpeza e manutenção das instalações ferroviárias. Esses homens, liderados por figuras proeminentes como José de Freitas, José Marques e Manuel Guimarães, pavimentaram o caminho para uma jornada repleta de cores, música e celebração.

Ao longo dos anos, o Clube Espanadores do Carpina consolidou sua reputação através de desfiles espetaculares, eventos grandiosos, bailes animados e as tradicionais “Manhãs de Sol”, que encantavam os corações e mentes de todos os que participavam. Sua sede, um marco histórico na Avenida Assis Chateaubriand, no Bairro de Santo Antonio, permanece como um testemunho tangível do legado duradouro desta instituição.

Enquanto muitos clubes tradicionais de Carpina sucumbiram ao tempo e à modernização, o Espanadores do Carpina continua a brilhar como uma luz guia, preservando as tradições e os valores que moldaram nossa comunidade ao longo dos anos.

Em seus 107 anos de história, o Clube Espanadores do Carpina transcendeu as fronteiras do tempo, tornando-se não apenas um símbolo do carnaval, mas também um pilar fundamental da identidade cultural local. Que sua chama continue acesa por muitos séculos, inspirando futuras gerações a celebrar a rica herança de nossa terra.

Crédito da Foto: Rodrigo Sávio