Biden quer reunificar Gaza e Cisjordânia sob o comando da Autoridade Palestina

Em busca da paz, Biden começa a falar grosso com Israel

Deu no Estadão
Agência France Presse

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sugeriu que a Faixa de Gaza e a Cisjordânia sejam reunificadas sob o comando da Autoridade Palestina, em artigo publicado neste sábado, 18, no Washington Post. No momento em que Israel enfrenta a pressão internacional pelo impacto aos civis no meio da guerra contra os terroristas do Hamas, o líder americano voltou a defender a solução de dois Estados para a paz prolongada na região.

“Enquanto lutamos pela paz, Gaza e Cisjordânia deveriam se reunificar sob uma única estrutura de governança, essencialmente sob uma Autoridade Palestina revitalizada, enquanto todos trabalhamos com vistas a uma solução de dois Estados”, escreveu Biden em alusão à criação de um Estado palestino ao lado de Israel.

PREOCUPAÇÃO – Washington é o principal aliado de Tel-Aviv, que responde ao ataque perpetrado por terroristas do Hamas em 7 de outubro, quando 1.200 pessoas foram mortas e 240 levadas como reféns.

No entanto, à medida em que o número de mortos aumenta do lado palestino, já chegando a 15 mil, os EUA têm expressado preocupação com a situação em Gaza.

“Uma solução de dois Estados é a única forma de garantir a segurança a longo prazo tanto para israelenses como para palestinos. Embora neste momento possa parecer que esse futuro esteja mais distante que nunca, a crise o torna ainda mais imperativo”, acrescentou Joe Biden.

DISSE BIDEN – O presidente americano também criticou a violência de colonos judeus contra palestinos na Cisjordânia, que se intensificou em meio à guerra, e ameaçou com sanções.

“Tenho sido enfático com os líderes de Israel no sentido de que a violência extremista contra os palestinianos na Cisjordânia deve acabar e que aqueles que cometem a violência devem ser responsabilizados”, afirmou Biden.

“Os Estados Unidos estão preparados para adotar as próprias medidas, incluindo a proibição de vistos contra extremistas que atacam civis na Cisjordânia”, acrescentou.