Polícia sueca autoriza ato que vai queimar Bíblia e Torá diante da embaixada de Israel

Dia 28, um iraquiano queimou um Alcorão em Estocolmo

Deu no g1
(France Presse)

A polícia da Suécia autorizou, nesta sexta-feira (14), um protesto em frente à embaixada de Israel em Estocolmo no próximo sábado, no qual os organizadores planejam queimar uma Bíblia e uma Torá. A ação foi criticada por Israel e por organizações judaicas.

De acordo com a petição enviada à força policial, os idealizadores querem destruir os textos religiosos em resposta à queima de um Alcorão em junho, em frente à Grande Mesquita de Estocolmo. Esse incidente gerou indignação em diversos países muçulmanos.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO – O protesto será, na verdade, uma ação de apoio à liberdade de expressão, de acordo com a solicitação enviada para a polícia.

A polícia afirmou que a autorização está em conformidade com a legislação sueca de conceder licença para atos públicos. “A polícia não emite licenças para queimar vários textos religiosos. A polícia emite licenças para reuniões públicas e para expressar uma opinião. É uma distinção importante”, afirmou Carina Skagerlind, assessora de imprensa da polícia de Estocolmo.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, foi uma das autoridades que rapidamente criticaram a decisão, assim como Yaakov Hagoel, presidente da Organização Sionista Mundial, que disse que esta permissão não é uma “liberdade de expressão, mas, sim, antissemitismo”.

ALCORÃO QUEIMADO – Em junho, um refugiado iraquiano que reside na Suécia queimou algumas páginas do Alcorão em frente à Grande Mesquita de Estocolmo, coincidindo com a celebração do Aid al Adha, um feriado importante no calendário muçulmano.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU já havia adotado uma resolução, condenando a queima de exemplares do Alcorão e outros atos de ódio religioso, mas extremismo continua avançando em muitos países.