Andréia Sadi
g1 Brasília
O PT conta com a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) pela Justiça Eleitoral, e o presidente Lula (PT) já deu aval para que a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido, tente a vaga na eleição suplementar, caso Moro seja cassado.
A ação contra Moro foi movida pela Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PCdoB e PV, e pede a cassação do ex-juiz por uso indevido, desvio e abuso de poder econômico na pré-campanha e na campanha eleitoral de 2022. Moro classifica o processo de “mero choro de perdedor”.
PERSPECTIVAS – Segundo fontes do partido, a expectativa é que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) julgue o caso em agosto, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – para onde vai um provável recurso das partes –, até dezembro.
Diferentemente do que aconteceu após a cassação de Deltan Dallagnol – cuja vaga do ex-deputado foi ocupada pelo suplenter Luiz Carlos Hauly –, uma eventual cassação de Moro obrigaria a realização de uma eleição suplementar.
Nesse cenário, o PT deve lançar Gleisi, atual presidente do partido e que já ocupou o cargo de senadora de 2011 a 2019. Ela não precisaria se licenciar do mandato de deputada para concorrer.
SINAL VERDE – Segundo o blog apurou, Lula e Gleisi já conversaram sobre o tema, e o presidente deu o sinal verde para que ela tente a vaga.
Apesar de saber que o governador Ratinho Júnior (PSD) deve lançar um candidato com apoio da máquina, o PT vê a chance de fazer mais um debate contra os abusos e excessos de Moro na possível eleição.
Entre outros prováveis interessados na vaga estão Álvaro Dias (Podemos), Paulo Martins (PL) – ambos derrotados por Moro na disputa pelo Senado em 2022 – e Ricardo Barros (PP), atual secretário de Indústria, Comércio e Serviços do Paraná.