Ao menos desde os anos 90 uma das doenças infantis diagnosticadas com maior frequência é o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), um problema psicológico que paralelamente se revelou como um dos principais negócios das grandes farmacêuticas e, no caso das crianças, permitiu encontrar uma justificativa médica para a inquietação e a distração que se criam próprias da idade.
Em anos recentes o diagnóstico vem sendo profundamente questionado, tanto em termos neurológicos quanto éticos, pois se por um lado não parece existir evidência conclusiva sobre sua existência como transtorno psicológico, por outro o fato de que gere enormes ganhos econômicos a um punhado de corporações o torna, para dizer o mínimo, bem suspeito.
Ditas dúvidas se avolumam agora que toda a Web divulga como sendo uma confissão, na verdade foi uma entrevista ao diário alemão Der Spiegel, de quem na década de 1960 definiu o TDAH, o psiquiatra estadunidense Leon Eisenberg, que pouco antes de morrer disse que o diagnóstico da doença está sendo completamente superestimada e, portanto, o TDAH é “um exemplo de doença fictícia”.
Fonte: Der Spiegel