Ação, em parceria com a Receita Federal, é feita nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo e pode chegar a outros estados, inclusive do Nordeste
A Polícia e a Receita Federal iniciaram, na manhã desta terça-feira (16), uma operação contra um esquema criminoso que emitiu R$ 4 bilhões de notas fiscais falsas, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
Por meio de cruzamento de dados e de uso de informações de inteligência, a Receita Federal detectou indícios de que empresas inexistentes (de fachada, conhecidas como Noteiras) emitiram R$ 4 bilhões de reais em notas fiscais falsas destinadas a grupo de empreendimentos que atuam no ramo de sucatas.
Durante as investigações, foram identificados três núcleos criminosos que envolvem mais de 80 pessoas e empresas da cadeia de metalurgia e siderurgia. Os núcleos vêm utilizando notas fiscais falsas para burlar órgãos fiscalizadores, sonegar impostos e “esquentar” mercadorias roubadas.
- Cruzamento de dados detectou notas fiscais falsas emitidas por empresas inexistentes (de fachada) no valor total de 4 bilhões de reais.
- Furto de materiais serviveis de instituições públicas federais.
- As notas fiscais falsas foram destinadas a grupos de empresas atuantes na cadeia de sucatas.
- Foram identificados três núcleos criminosos, envolvendo mais de 80 pessoas e empresas do setor de metalurgia e siderurgia.
- Notas fiscais falsas foram usadas para burlar fiscalização, sonegar impostos e “esquentar” mercadorias roubadas.
- Operador do esquema também movimentou “bilhões” em notas fiscais de ouro, segundo RF.
- Suspeitas de que as transações são relacionadas a crimes de lavagem de dinheiro, extração ilegal de minérios, sonegação de impostos e outros delitos.
- Empresas abertas em nome de laranjas, beneficiários do Auxílio Emergencial.
- Execução de 59 mandados de busca e apreensão, em empresas e residências de pessoas envolvidas na fraude.
- Em SC os mandados são em 11 cidades, maioria em Joinville, Blumenau e Pomerode.
- Investigação iniciou em dezembro de 2021.
Ainda segundo o órgão, além de operações com sucatas, o operador do esquema transacionou bilhões em notas fiscais de ouro. Há suspeitas de que essas transações possam estar relacionadas a crimes de lavagem de dinheiro, extração ilegal de minérios, sonegação de impostos e outros delitos.
O Poder Judiciário Federal determinou execução de 59 mandados de busca e apreensão em empresas e em residências de pessoas que participam do esquema criminoso.
No estado de São Paulo, 20 servidores da Receita Federal atuaram no cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão nas cidades de Ribeirão Preto, Jaboticabal e São Paulo.
Os outros estados poderão passar pela operação na etapa 2 da operação.