Anúncio ocorreu em evento com reitores e movimentos estudantis, nesta quarta; além das universidades, a recomposição também será destinada aos institutos federais do país
O presidente Lula ao lado do deputado Túlio Gadelha e outras autoridades durante anúncio de recomposição do orçamento das universidades e institutos federais Foto:Kauê Pinto
• R$ 1,32 bilhão para as universidades;
• R$ 388 milhões para os institutos; e
• R$ 730 milhões, controlados pelo Ministério da Educação, para que a pasta aplique a verba em projetos que estavam sem previsão orçamentária.A cerimônia de liberação dos recursos ocorreu no Palácio da Alvorada e teve a participação de reitores de universidades e movimentos estudantis. A recomposição do orçamento foi uma das promessas de Lula à época dos trabalhos do governo de transição.
“A universidade não é só para fazer teste e guardar na gaveta. É para ajudar a resolver os problemas sociais. Como vamos criar empregos novos, mercado de trabalho novo sem a inteligência das universidades?”, questionou o presidente durante o anúncio da medida.
Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, a recomposição pode permitir uma melhoria na qualidade da educação do país.
“Esse é o maior patrimônio que um país pode ter: investir na educação do seu povo. Esse é o momento de mostrar que esse é um governo que prioriza e vai priorizar a educação pública e de qualidade”, disse o ministro.
O ministro Camilo Santana, o deputado federal Túlio Gadelha e Ricardo Marcelo Fonseca, presidente da Andifes. Foto:Kauê Pinto
O deputado federal Túlio Gadêlha (Rede) vem trabalhando com a ANDIFES e as Universidades de Pernambuco desde 2020, na luta para recompor os orçamentos. É um dos deputados que mais destina verbas orçamentarias através de emendas parlamentares para as Universidades de Pernambuco. Conduz o mandato buscando sempre, junto às Universidades, viabilizar a recomposição orçamentária e distribuição dos recursos, junto ao MEC.
Por sua vez, a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz, reforçou a visão do reitor. “As universidades viveram um verdadeiro colapso. O presidente anterior dizia que universidades eram balbúrdias. O resultado foi a realização de uma das mobilizações mais massivas do movimento estudantil. Enquanto negavam a ciência, afundavam o MEC em um dos maiores esquemas de corrupção do país, estudantes, professores e cientistas foram para as ruas e foram ao trabalho. Nós vencemos”, disse.
Por fim, Bruna afirmou esperar mais avanços do governo Lula. “Agora, esperamos que essa recomposição seja um passo para a implementação de políticas públicas eficientes. Para garantir que filhos e filhas dos mais pobres entrem e permaneçam nas universidades. Essa é uma das maiores lutas dessa geração, assim como a bandeira da paz.