Os ídolos de cada um. Por CLAUDEMIR GOMES

Por CLAUDEMIR GOMES

Ao assistir a uma entrevista do jornalista e historiador, José Neves Cabral, no programa, João Alberto Informal, na TV Tribuna, o empresário, Sérgio Moury Fernandes, da Engenho de Mídia, que edita a Revista Textos, teve a brilhante ideia de dedicar uma edição aos principais ídolos dos três grandes clubes do Recife – Sport, Náutico e Santa Cruz – donos das maiores torcidas do Estado.

Golaço!

A ideia foi abraçada por todos a quem ele fez chegar o seu pensamento. Uma rápida consulta a um pequeno grupo de ex-dirigentes e jornalistas, foi suficiente  para entender que o projeto tem uma dimensão imensurável, por uma simples razão: a impossibilidade de uma unanimidade na seleção dos craques. Fato que deixou a todos com a certeza de que, injustiças serão inevitáveis. Até porque as escolhas são pessoais, o que torna o processo de seleção abrangente e relativo.

Rodolfo Aguiar; Wanderson Lacerda; Ricardo Brito; Gustavo Krause; Toninho Monteiro; Severino Otávio (Branquinho); Tonico Araújo; Alexandre Ferrer; André Campos; Guilherme Beltrão; Fred Domingos; Eduardo Araújo; José Alexandre Moreira (Mirinda); Lenivaldo Aragão; José Neves Cabral; Beto Lago, e o escriba aqui, Claudemir Gomes, foram convocados para apresentar uma lista com 20 nomes daqueles que consideram os melhores jogadores, do clube pelo qual cada um torce, dos anos 60 para cá.

A medida que se aprofundava no projeto, junto com os seus pares da Engenho de Mídia, Sérgio Moury Fernandes foi tomando ciência do tamanho do desafio que fora lançado. Foi quando resolveu reunir o grupo de convidados para um encontro no Villa Setubal, pois não existe lugar melhor para se falar sobre futebol do que numa mesa de bar. Apesar de algumas ausências, o debate foi caloroso.

Craque ou ídolo? Eis a questão. Afinal, nem todo craque consegue ser ídolo da torcida do clube que está defendendo. Questão de empatia, de carisma. Um jogador mediano pode cair na graça da torcida por conta de sua entrega, da identificação com a história e a mística do clube.

Alguns nomes são unanimidades, como Kuki; Lula Monstrinho; Baiano; Nado; Bita; Nino; Lala; Ivan; Jorge Mendonça; Vasconcelos; Bizu; Beliato; Gena; Mirandinha; Neneca; Lourival… pelo Náutico.

No Santa Cruz, outro punhado de nomes inquestionáveis: Detinho; Birigui; Ricardo Rocha; Luciano; Givanildo; Mazinho; Marlon; Fumanchu; Nunes; Ramon; Joãozinho; Henário; Mirobaldo; Rivaldo…

No Sport ninguém contesta as presenças de País; Magrão; Bosco; Betão; Ailton; Durval; Raul Bittencout; Ribamar; Djalma; Roberto Coração de Leão; Assis Paraíba; Dutra; Juninho; Chiquinho; Robertinho; Diego Souza…

Evidente que, ninguém consegue definir uma lista com apenas 20 nomes. E aí, como bem ressaltou o mestre, Rodolfo Aguiar, “nós estamos falando de três clubes centenários. Vinte nomes apenas irão ocultar parte da história dos clubes. Serão cometidas injustiças”.

Concordo plenamente com o mestre Rodolfo Aguiar!

Aliás, desde já, aposto em outras edições que nos venham permitir ampliar o guarda-chuva que, inicialmente irá abrigar apenas 20 ídolos de cada clube. Mais trabalho para o amigo, José Neves Cabral.

De uma coisa tenho certeza: quando sair a edição da Revista Textos falando dos ídolos do futebol pernambucano, o “barulho” será ensurdecedor.