O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem atuado diretamente para emplacar aliados no comando de estatais cobiçadas por União Brasil, MDB e PSD. Houve interferência de Lula, até agora, na escolha dos presidentes dos Correios, Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.), Banco do Nordeste e Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), órgãos públicos vinculados a ministérios chefiados por esses três partidos.
Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, a queda de braço entre a Presidência da República e os ministros tem atrasado as nomeações dos presidentes e diretores de algumas dessas estatais. O desfecho, no entanto, tem sido favorável aos nomes escolhidos por Lula. As informações são do blog da Julia Duailibi
Foi o que aconteceu nos Correios. Em uma decisão pessoal, Lula escolheu o advogado Fabiano Silva, ligado ao PT e coordenador do Grupo Prerrogativas. O nome dele já foi aprovado pelo Conselho de Administração dos Correios. A nomeação, no entanto, demorou para acontecer porque o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, do União Brasil, queria emplacar um nome dele.
Segundo assessores do Planalto, Juscelino só cedeu porque se viu enfraquecido internamente após a publicação de reportagens no jornal “O Estado de S. Paulo” com indícios de que ele usou verbas do orçamento secreto em benefício próprio ou de familiares.
O governo vê os Correios como um órgão estratégico. Fabiano Silva terá como tarefa reestruturar o órgão e impedir qualquer tentativa de se levar adiante a privatização da estatal.