Do JC Online
A tarefa é extremamente árdua. Sempre foi e, agora, é ainda mais. Mas alguém terá que enfrentar os inúmeros problemas do Metrô do Recife, sistema essencial ao transporte público da Região Metropolitana do Recife e que sofre com um déficit anual – apenas de custeio, vale ressaltar – da ordem de R$ 300 milhões.
E o nome do futuro superintendente já está sendo trabalhado nos bastidores. A expectativa é de que, se o senador pernambucano Humberto Costa (PT-PE) conseguir se sobrepor à força do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o nome cotado seria o do ex-vereador e ex-secretário Dilson Peixoto, petista de carteirinha.
Dilson Peixoto está como assessor legislativo do senador Humberto Costa, mas já comandou pastas e órgãos ligados à gestão do transporte público de Pernambuco, como o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM) – gestor do sistema de ônibus da RMR – e a Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal (EPTI) – que gere os ônibus intermunicipais da Zona da Mata, Agreste e Sertão.
Além disso, também comandou a antiga Secretaria de Serviços Públicos do Recife na época em que a capital enfrentou a retirada dos antigos Kombeiros, motoristas que faziam o transporte de passageiros na capital usando as inadequadas Kombis.
E foi, na segunda gestão do ex-governador Paulo Câmara (sem partido), secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco. Além de vereador e deputado estadual pelo PT. Ainda integra o setorial de transporte do PT.
Se o nome de Dilson Peixoto vingar para a Superintendência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no Recife, a leitura que se pode fazer é de que será mais difícil desengavetar o projeto de privatização do Metrô do Recife, engavetado por Paulo Câmara após pressão dos metroviários e devido às Eleições 2022, quando o PSB tentava eleger o candidato do partido ao governo de Pernambuco, o deputado federal Danilo Cabral.