De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, a juíza Maria Cristina de Luca Barongeno agia em conluio com advogados e proferia sentenças que favoreciam empresas com dívidas milionárias junto à Previdência Social e ao fisco.
Uma das empresas beneficiadas pelas decisões foi a JBS-Friboi.
O advogado Joaquim Barongeno, pai da magistrada, prestava serviços ao grupo.
Ainda em 2016, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) condenou a juíza federal a seis anos e oito meses de prisão e multa, além da perda do cargo.
A juíza recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que seguindo parecer do Ministério Público Federal, negou embargos de declaração da defesa de Maria Cristina e manteve pena de seis anos de reclusão em regime semiaberto.
O ineditismo da decisão representa algo extremamente positivo para que o país possa realmente viver novos tempos, sem proteção a falcatruas.
Um dos grandes males do Poder Judiciário no Brasil é o corporativismo.
A dura pena ora aplicada representa um início de mudança nesta questão.