Do G1
O juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, determinou a transferência do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para Curitiba entre os dias 20 e 24 de novembro.
Preso desde outubro do ano passado pela Operação Lava Jato, o peemedebista foi levado para a capital federal em 15 de setembro para prestar depoimento no processo sobre desvios no Fundo de Investimentos do FGTS, o FI-FGTS.
A ordem para transferência de Cunha para a capital paranaense foi incluída na ata da sessão de ontem, na qual o ex-parlamentar prestou depoimento à 10ª Vara Federal.
Após 52 dias de espera, ele foi ouvido pela Justiça Federal de Brasília nesta segunda. Ele afirmou que o operador financeiro Lúcio Funaro mentiu em sua delação premiada e disse que não recebeu dinheiro da JBS para ficar em silêncio.
Na ata da sessão – que ganhou força de ofício – Vallisney Oliveira explicou que permitiu que o ex-deputado permanecesse em Brasília, pelo menos até o dia 20, atendendo pedido da defesa para “facilitar” encontros dos advogados com o peemedebista para tratarem de pedidos de diligências e das chamadas “alegações finais”, as últimas manifestações do réu no processo.
Além disso, o magistrado disse ter considerado, no momento de definir a data de retorno, a necessidade de a Polícia Federal (PF) ter que se preparar operacionalmente para conduzir o ex-presidente da Câmara de volta ao Paraná.
“Determino o retorno do acusado Eduardo Cosentino da Cunha à Subseção Judiciária de Curitiba/PR, em caráter definitivo, a partir de 20/11/2017 até 24/11/2017, a ser providenciado pela Polícia Federal”, escreveu o juiz federal em trecho da ata da sessão.