L I T E R A T U R A
Poeta Cândido das NevesPoeta Cândido das Neves
Noite alta, céu risonho
A quietude é quase um sonho
O luar cai sobre a mata
Qual uma chuva de prata
De raríssimo esplendor…
Só tu dormes, não escutas
O teu cantor.
Revelando à lua airosa
A história dolorosa desse amor…
Lua!
Manda a tua luz prateada
Despertar a minha amada!
Quero matar meus desejos!..
Sufocá-la com os meus beijos…
Canto
E a mulher que eu amo tanto
Não me escuta, está dormindo…
Canto e por fim
Nem a lua tem pena de mim,
Pois ao ver que quem te chama sou eu
E entre a neblina se escondeu…
Lá no alto a lua esquiva…
Está no céu tão pensativa,
As estrelas tão serenas
Qual dilúvio de falenas
Andam tontas ao luar,
Todo o astral ficou silente
Para escutar:
O teu nome entre as endeixas
A dolorosas queixas
Ao luar.