O prefeito de São Paulo, João Doria, minimizou neste domingo, dia 8, a pesquisa Datafolha, que mostrou que sua aprovação caiu nove pontos e que a maioria da população rejeita uma eventual candidatura dele à Presidência da República. Doria atribuiu a queda à falta de dinheiro e à herança do PT, que governou a cidade antes dele. “Nós estamos com nove meses de gestão à frente da Prefeitura de São Paulo, sem recursos. Temos R$ 7,5 bilhões de déficit no orçamento, que foi herança do PT, e nós estamos fazendo uma política responsável de controle de despesas”, afirmou.
“É duro você fazer gestão pública sem recursos, dependendo de apoio do setor privado, dependendo da cooperação e da solidariedade de muitas pessoas”, acrescentou, no lançamento do seu programa Calçada Nova.
PESQUISAS – Perguntado sobre a preferência dos paulistanos, de que ele permaneça na prefeitura em vez de disputar a Presidência da República, ele disse não se apresentar como candidato. “Quem induz e apresenta o meu nome são as pesquisas”, afirmou. “Eu não me apresento como tal (como candidato), o dia de amanhã cabe ao amanhã.”
O prefeito também negou que esteja fazendo campanha. Apesar de a pesquisa ter detectado que 49% da população de São Paulo consideram as viagens do prefeito como sendo mais prejudiciais que benéficas à cidade, Doria disse que a viagem à Itália está mantida. “Não muda nada em relação às viagens, nem nacionais nem internacionais.
Ele disse ainda que muitas dessas viagens estão totalmente focadas na busca de investimentos e que as viagens nacionais são para firmar acordos de cooperação. Seus opositores políticos, no entanto, veem as viagens como uma caravana de campanha eleitoral
“INEXPRESSIVO” – Perguntado da necessidade de ir pessoalmente para fechar acordos e pedir investimento, Doria respondeu que isso é “sempre feito de prefeito com prefeito”. “Por isso que existem prefeitos. Se não, não existiriam prefeitos”, afirmou.
Sobre as críticas do ex-governador tucano, Alberto Goldman, que acusou o prefeito de descuidar de São Paulo em função da pretensão de disputar a Presidência, Doria respondeu: “O Goldman já é fato passado, ele é inexpressivo”.
O prefeito estava acompanhado de seu vice, Bruno Covas, dos secretários Júlio Semeghini e André Sturm, e do subprefeito Paulo Mathias, entre outros membros da administração municipal.
Estadão
