Reynaldo Turollo Jr.
Folha
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encontrou-se nesta segunda-feira (dia 14) com sua sucessora, a subprocuradora-geral Raquel Dodge, na primeira reunião realizada entre os dois para discutir a transição na cúpula do Ministério Público Federal. Dodge reiterou, no encontro, o convite para que os procuradores que integram o grupo de trabalho da Lava Jato na PGR (Procuradoria-Geral da República) permaneçam em suas funções, segundo nota divulgada pela assessoria da instituição. A futura procuradora-geral já havia dito, durante sua campanha, que convidaria os investigadores para continuar no gabinete.
O mandato de Janot termina em 17 de setembro. Dodge tomará posse no dia 18. Ela foi nomeada pelo presidente Michel Temer no mês passado.
LAVA JATO – O grupo de trabalho da Lava Jato na PGR é formado por nove procuradores que ajudam Janot a investigar políticos com foro privilegiado.
Segundo interlocutores de Dodge, dois desses membros, Sérgio Bruno Fernandes e Wilton Queiroz, já trabalharam com ela nas investigações resultantes da Operação Caixa de Pandora, que tiveram como alvo o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda.
Segundo a nota da PGR, Janot considera as reuniões de transição importantes para evitar a descontinuidade das investigações. “As equipes trabalham de forma profissional e visando o interesse público. O Ministério Público sai fortalecido com isso”, disse Janot.
FORA DA AGENDA – Na última terça-feira (8), Dodge gerou polêmica ao se encontrar com o presidente Temer no Palácio do Jaburu. O encontro não constava da agenda do peemedebista e veio a público porque foi registrado por um cinegrafista da TV Globo por volta das 22h.
Neste domingo (dia 13), Dodge divulgou um e-mail, enviado por ela ao gabinete da Presidência um dia antes do encontro, solicitando a reunião. Segundo a futura procuradora-geral, os dois conversaram sobre o horário da cerimônia de sua posse, marcada para o mês que vem.