Como conviver com a lambança

Argumentos jurídicos podem ser despejados em cascata para justificar a liberdade do ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, concedida em habeas-corpus pelo ministro Teori Savaski, do Supremo Tribunal Federal.  Mas parece no mínimo vingança da natureza que no mesmo dia, quarta-feira, tenha sido conhecida a delação premiada do empresário Augusto Ribeiro de Mendonça, da Toyo Setal, braço brasileiro de uma multinacional japonesa.

Porque o agora candidato à diminuição da pena a que será condenado revelou haver a empresa repassado 152 milhões de reais a título de suborno, por orientação de Renato Duque, para o clube das empreiteiras conseguir contratos com a Petrobras. Aliás, 4 milhões foram doados a campanhas eleitorais do PT.

Não se passa um dia sem que mais detalhes do escândalo da Petrobras ganhem as manchetes. Toda essa roubalheira aconteceu nos últimos anos, parecendo difícil ter sido ignorada pelo primeiro escalão do governo.

Só falta, agora, conhecer a lista de dezenas de políticos implicados nesse assalto aos cofres públicos na forma de contratos superfaturados, escolhas fajutas de empreiteiras, propinas entregues a partidos e centenas de milhões desviados para o exterior.

Pode um governo conviver com tamanha lambança? Agora que se aguarda a composição do novo ministério, que tal se candidatarem o Tigrão, o Melancia e o Eucalipto?

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