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Valdo Cruz – Folha de S.Paulo
Segundo a Folha apurou, a avaliação no governo é que Dilma pode ser obrigada a acelerar as negociações com os partidos governistas para pacificar a base aliada e preparar o terreno para votação de propostas econômicas. Um auxiliar lembrou que, entre as medidas em estudo, algumas, como mudanças na Previdência e aumento de impostos, podem ter de passar pelo crivo do Legislativo. Uma derrota nessa área criaria um clima de incerteza, afetando o trabalho de recuperação da confiança de empresários e consumidores na economia. Um assessor presidencial disse à Folha que as dificuldades encontradas hoje no Congresso tendem a desaparecer assim que for definida a cota de cada partido no ministério do segundo mandato. O risco, segundo ele, é a presidente deixar descontentes nas negociações para formação de sua nova equipe. A intenção de Dilma era escolher neste ano só a equipe econômica e seu grupo palaciano, deixando os ministros políticos para 2015. Só que as votações econômicas como o projeto que na prática altera a meta de superavit estão fazendo ela mudar de ideia. Isso porque seus aliados no Congresso aproveitam o momento de indefinição para pressionar o Planalto e definir já seu espaço no governo. |
As dificuldades do governo Dilma Rousseff em aprovar a manobra fiscal que permite descumprir a meta de superavit primário de 2014 preocupam assessores da área econômica porque podem se repetir na votação de medidas que os novos ministros da Fazenda e Planejamento estão elaborando.