Mais de 30 barcos coloriram o Rio Capibaribe na tarde deste domingo (30). A barqueata foi realizada em parceria entre a Associação Por Amor às Graças e o projeto Parque Capibaribe. O passeio recebeu o nome de Buscada das Capivaras, numa referências as buscadas realizadas País afora, que reverenciam santos padroeiros, a exemplo da Buscada de São Gonçalo do Amarante, no município de Igarassu. Dessa vez, a saudação não foi a um santo, mas à capivara (um dos símbolos da fauna às margens do rio).

“Esse é o terceiro evento que realizamos este ano na tentativa de chamar atenção para a necessidade que se implante o projeto Parque Capibaribe, ao invés de passar por aqui simplesmente uma nova Avenida Beira-Rio. Queremos que aqui seja criado um espaço de convivência entre as pessoas, com respeito à natureza”, diz Aluizio Câmara, um dos organizadores da barqueata e morador do bairro das Graças há 25 anos.

“O Projeto Capibaribe tem participado de eventos que permitem a vivência do rio, a exemplo da barqueata. No Dia das Crianças aconteceu outro evento da Associação Por Amor às Graças e aproveitamos para questionar as crianças sobre o que elas gostariam que tivessem no entorno do rio. Elas apontaram algumas atividades de lazer”, destaca a urbanista Circe Monteiro, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE, que integra a equipe do Projeto Capibaribe.

A barqueata foi capitaneada pelo barqueiro Zomilton Tomé Parangaba (seu Mita), que faz parte de uma família há quatro gerações navegando o Capibaribe. Precisamos cuidar do rio. Vivi minha infância aqui e era tudo diferente. Tomava banho no rio e pegava camarão com as mãos. De lá pra cá o rio foi ficando descuidado. Projetos já apareceram muitos, precisamos partir para fazer alguma coisa”, alerta. O barqueiro convocou colegas para dar conta do passeio.

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