JÁ DEU A CADÊNCIA DA MÚSICA,SÓ FALTA A LETRA |
Gabriel Garcia – Blog do Noblat Quatro perguntas para o novo relator no Tribunal de Contas da União dos processos da operação policial que desvenda o maior caso de corrupção da História do país: Ministro, como ficarão os processos da Lava Jato no Tribunal de Contas da União? A partir de primeiro de janeiro, eu ficarei responsável por todos os processos relacionados à Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Os processos da Petrobras em andamento, relatados por José Jorge, ficarão com o sucessor dele. Na realidade, tais processos estão do meio para o fim – provavelmente o sucessor será o (senador) Vital do Rêgo (PMDB-PB). Tudo indica que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fará o segundo o ministro. Como o ministro José Múcio encara a Lava Jato? Acho que foi um processo necessário, doloroso. Repito muito uma frase do filósofo Friedrich Nietzsche: do caos nasce a luz. Vivemos um caos, acho que muita coisa ainda virá, mas temos que ter cuidado para não trazer a emoção para o processo, para não cometer injustiça, que pode ser de dois tipos: pôr inocente na cadeia ou pôr bandido em liberdade. Os políticos andam preocupados? Estamos vivendo um clima desagradável. Ninguém sabe quem está na lista. Acho que Polícia Federal tem feito muito charme. A polícia já deveria ter soltado a lista com os nomes dos políticos envolvidos. Vai deixar para soltar lá para frente, perto do Natal. O senhor acredita em envolvimento do ex-presidente Lula e da presidente Dilma? Não temos como prever neste momento. Uma delação premiada é imprevisível. O cara, para livrar a pele dele, faz qualquer coisa. Se tivéssemos no Brasil o crime de perjúrio, você poderia ficar mais confortável. Na Itália, o cara paga quando ele mente. Aqui funciona diferente. O criminoso para livrar a pele acusa outras pessoas. Vou ter que fazer essa depuração. Tudo de Petrobras, qualquer processo. Esses processos só terão curso em janeiro. |