Carlos Brickman
Alberto Youssef, o doleiro preferido por nove entre dez envolvidos na Operação Lava-Jato, acaba de unir as pontas de dois escândalos: em seu depoimento da segunda-feira ao juiz federal Sérgio Moro, citou o falecido deputado federal José Janene, do PP, como responsável pela lavagem de dinheiro do Mensalão – usando, para isso, o mesmo esquema com que Youssef trabalharia no Petrolão. A presença de Janene, do PP, trabalhando num esquema do PT, com participação de políticos das mais variadas legendas, mostra o caráter suprapartidário tanto do Mensalão como do Petrolão.
Isso é o que torna as CPIs inúteis: tirando a parte teatral, em que Suas Excelências se mostram indignados, ninguém pode se aprofundar, para não prejudicar correligionários nem doadores de campanha. Mas o esquema parece ter desandado com a entrada nas investigações das autoridades americanas (as ações da Petrobras são negociadas em Nova York). Se Mensalão e Petrolão estão unidos, os americanos acabarão investigando os dois casos. |
Alberto Youssef, o doleiro preferido por nove entre dez envolvidos na Operação Lava-Jato, acaba de unir as pontas de dois escândalos: em seu depoimento da segunda-feira ao juiz federal Sérgio Moro, citou o falecido deputado federal José Janene, do PP, como responsável pela lavagem de dinheiro do Mensalão – usando, para isso, o mesmo esquema com que Youssef trabalharia no Petrolão. A presença de Janene, do PP, trabalhando num esquema do PT, com participação de políticos das mais variadas legendas, mostra o caráter suprapartidário tanto do Mensalão como do Petrolão.