Quatro pontos percentuais dos “nanicos” poderão garantir o segundo turno, caso Dilma continue roubando mais votos de Marina do que Aécio Luiz Carlos Azedo (Blog) Dois candidatos de esquerda são coadjuvantes da presidente Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) na “desconstrução” da candidatura de Marina Silva, embora não se beneficiem eleitoralmente como ambos da desidratação da candidata do PSB: Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSol). Fragilizam o discurso de Marina ao fazer um contraponto às tentativas da candidata socialista no sentido de ampliar os apoios políticos ao seu projeto de poder e permanecer como “terceira via” alternativa à polarização PT versus PSDB. Histriônico, mas autêntico, o candidato do PV faz uma campanha onde ostenta um visceral compromisso com a verdade e com seus próprios pontos de vista sobre a realidade, indiferente ao politicamente correto, o que atrai simpatias nos debates, mas não lhe dá votos. Faz uma campanha alternativa, sem perspectiva nenhuma de vitória, a ponto de passear de bicicleta, sem identificação no capacete ou na camisa, pela Avenida Paulista no domingo, pouco preocupado se estava sendo reconhecido ou não por seus eventuais eleitores. Já Luciana Genro (PSol) representa o pensamento da esquerda radical que faz oposição ao PT e Dilma Rousseff por suas alianças conservadoras e programa social-liberal. Nos debate eleitorais, sempre que pode, Luciana Genro ataca duramente a candidata do PSB, descaracterizando-a como uma alternativa à esquerda. Com isso, ajuda a empurrar a candidata do PSB para a posição na qual a presidente Dilma Rousseff pretende mantê-la, ou seja, como candidata das elites econômicas, principalmente dos banqueiros. |