Mimo custou quase R$ 800 mil a Alberto Youssef.
O doleiro Alberto Youssef presentou o deputado federal Luiz Argôlo, do Solidariedade, com um helicóptero avaliado em R$ 796 mil.
A informação foi relatada à Justiça pelo advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, outro beneficiado com o recurso da delação premiada.
A operação foi realizada pela GFD Investimentos, empresa controlada pelo doleiro para a lavagem de dinheiro sujo.
Em agosto, a contadora Meire Poza citou Luiz Argôlo como sócio de Alberto Youssef.
A contadora Meire Poza disse à Polícia Federal que o deputado Luiz Argôlo, do Solidariedade, era sócio informal de Alberto Youssef em uma empreiteira chamada “Malga Engenharia”.
Deputado e doleiro trocaram 1411 mensagens em seis meses. Boa parte delas abordava a empresa, subcontratada pela Delta em obras da rodovia federal BR-163.
Em entrevista à Veja,a contadora Meire denunciou vários partidos e políticos envolvidos no esquema de Youssef. PT, PMDB e PP lideram a fraude.
Meire Bonfim Poza, contadora do doleiro Alberto Youssef, declarou à revista Veja o envolvimento de empreiteiras e políticos de PT, PP e PMDB no esquema que lavou 10 bilhões de dólares nos últimos três anos.
A Petrobras era fraudada a partir dos contratos fictícios firmados com OAS, Mendes Junior e Camargo Corrêa. Segundo a reportagem, estas empreiteiras, ligadas à estatal a custo de propinas, forjavam a contratação de serviços para repassar dinheiro ao doleiro, classificado como “banco de dinheiro ruim” por sua contadora.
“O Beto era um banco de dinheiro ruim. As empreiteiras acertavam com os políticos e ele entrava para fazer o trabalho sujo, levando e trazendo dinheiro, sacando e depositando”, disse Poza.
PARTICIPAÇÃO DE POLÍTICOS E PARTIDOS
-André Vargas (licenciado do PT): ajudou a lavar 2,4 milhões no Paran
-Luiz Argôlo (PP): “era cliente e ao mesmo tempo sócio”
-Fernando Collor (PTB): recebeu R$ 50 mil a pedido de Pedro Paulo Leoni Ramos.
-Cândido Vaccareza (PT): sugeriu fraude em Tocantins para pagar dívida de campanha.
-Mário Negromonte (ex-ministro): trabalhou no transporte das malas de propina.
-PP: recebeu R$ 5 milhões, via nota fria, no início do ano
-PMDB: dividiria com o PT a comissão dos debêntures da Postalis. A negociação envolvia R$ 50 milhões.
-PT: estendia a corrupção às prefeituras. Youssef associava fundos de especulação aos governos municipais e repassava 10% aos envolvidos.
