Agência sinaliza que pode rebaixar nota do Brasil

Rennan Setti e Ana Paula Ribeiro, Estadão

A menos de um mês das eleições presidenciais, a agência de classificação de risco Moody’s colocou a nota do Brasil em perspectiva negativa. A decisão foi interpretada pelo mercado como um sinal de alerta e chamou a atenção por se tratar de movimento atípico durante o processo eleitoral, divulgada um dia depois de a presidente Dilma Rousseff anunciar que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não deve permanecer no cargo num eventual segundo mandato.

Com a manutenção da nota Baa2, o Brasil ainda tem grau de investimento — chancela atribuída a países considerados seguros para investir. Segundo a Moody’s, três fatores foram levados em conta para a mudança: o baixo crescimento por um longo período; o aumento do pessimismo, com impacto sobre os investimentos; e os desafios fiscais impostos por fatores como economia lenta e inflação alta, o que dificulta a melhora em indicadores de dívida.

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Sede da agência Moody”s em Nova York – Foto: Brendan McDermid / Reuters