Líder do Governo na Assembleia Legislativa e muito ligado ao ex-governador Eduardo Campos, o deputado estadual Waldemar Borges (PSB) disse estranhar a inclusão do nome do socialista na lista dos envolvidos em possível esquema de corrupção na Petrobras. Ele disse que só há uma explicação para o nome do ex-governador ter aparecido como um dos citados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, na sua tentativa de delação premiada: “Vingança”.
“Para quem não lembra, Eduardo foi um dos maiores defensores da instalação da CPI da Petrobras. Defendia que se investigasse tudo, inclusive a construção da refinaria. Isso já basta para desqualificar qualquer citação. Isso é vilania, é vingança pela atuação firme que ele (o ex-governador) teve cobrando a investigação de todos esses desmantelos na Petrobras”, disparou o socialista.
Indignado, Borges disse ver muita semelhança com o episódio que ficou conhecido como “caso dos aloprados do PT. Em setembro de 2006, a duas semanas do primeiro turno das eleições, integrantes do PT foram presos pela Polícia Federal em um hotel de São Paulo ao tentar comprar um dossiê contra o então candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tentando diminuir a importância do episódio, afirmou que aquilo era obra de “um bando de aloprados”.
“O modus operandi lembra aquela história dos aloprados. Só que, dessa vez, com uma dose absurda de sordidez, pois o ex-governador não pode mais se defender”, afirmou o deputado.
