Apesar da cautela com as primeiras notícias da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, a avaliação realista de assessores do governo é que o episódio introduzirá uma agenda negativa na campanha da presidente Dilma Rousseff. Há a constatação interna de que Dilma ficará na defensiva enquanto não for divulgado todo o conteúdo dos depoimentos de Costa. Apesar de não envolver diretamente a presidente, o escândalo engloba o período dos dois governos Lula e dos dois primeiros anos do mandato de Dilma.
O tom de cautela foi verificado na primeira declaração da presidente, de que será preciso aguardar informações oficiais para tomar as ‘providências cabíveis’ e que não haverá decisão com base em especulações. No Planalto, embora se constate que, por enquanto, não há materialidade nas informações divulgadas neste fim de semana, há o reconhecimento de que o caso tem potencial explosivo por envolver aliados estratégicos e o próprio PT, colocando Dilma na berlinda em um momento em que ela iniciava uma estratégia de desconstrução da candidatura de Marina Silva. ‘A delação premiada de Paulo Roberto mudou definitivamente a pauta do debate eleitoral na campanha’, admitiu um auxiliar direto da presidente. (Portal G1) |