O mensalão é o mais novo argumento de Aécio Neves contra Marina Silva. O tucano acusou-a de ter-se omitido diante do escândalo e do julgamento. João Paulo Capobianco, que desde 2010 é um dos principais assessores de Marina, reage: “Não há conexão com Marina, ao contrário dele no mensalão mineiro. Ele é que tem de se explicar. Foi em Minas, onde ele era dirigente do partido na época”.

A Justiça já condenou e colocou na cadeia uma dúzia de pessoas, entre essas petistas, por conta do processo do mensalão. O escândalo conteve o crescimento eleitoral do PT no Congresso. Mas isso não impediu que os petistas mantivessem o poder. Nem abriu as portas para os tucanos voltarem ao Planalto.

A demonização dos adversários, via mensalão, já não deu certo em 2006, na reeleição de Lula, e em 2010, na eleição da presidente Dilma. Os marqueteiros se perguntam, dez anos depois dos fatos, qual o dividendo que Aécio Neves pode tirar acusando a ex-ministra Marina Silva de ter se omitido.