Por   Joaquim Lapa

Pela minha condição de homem público, sinto no dever de expor as minhas escolhas políticas, até mesmo para afastar alguma dúvida sobre tais preferências. Voto em Dilma para presidente. Voto em Armando Monteiro para Governador. Voto em João Paulo para Senador. Voto em Carlos Lapa para Deputado Federal. E voto em Antônio Moraes para Deputado Estadual. Fiquei – como todos brasileiros e principalmente nós pernambucanos – profundamente entristecidos, chocados com a tragédia do dia 13 de agosto, mas nem por isso vejo razão para mudar meu voto, em face dessa comoção pública, porque tenho que para eleição deve prevalecer a razão, e não o coração. Como advogado criminalista a experiência profissional me deixa convencido de que a questão social é a grande causadora da maioria dos crimes, dos desajustes e violência existente. Constato isso nos presídios, nos processos criminais, nesses “laboratórios” da advocacia criminal, onde 99% dos presos e dos processados criminalmente são pessoas pobres. Os últimos governos federais investiram maciçamente em favor dos mais pobres: programas sociais que tiraram milhões e milhões de brasileiros da miséria extrema. Essas ações devem ter continuidade. A educação melhorou e os recursos da saúde multiplicaram. No tempo em que fui Prefeito, antes do Governo Lula e Dilma, não havia nenhum desses programas. A inexistência desses programas, obrigava o Município a fornecer alimentos aos mais pobres. famílias que se alimentavam uma vez só por dia. A merenda era escassa, os recursos transferidos eram bem poucos. O Brasil, inquestionavelmente cresceu nesses últimos dez anos, fazendo com que gestores públicos municipais e estaduais aparecessem como grandes administradores. O orçamento do ano de 2004, último ano de minha última gestão, foi de 19 milhões, passados dez anos, o orçamento vai além de 120 milhões de reais, e mal tenha passado o meio do ano, o prefeito já pediu suplementação de verba, enquanto que a inflação nesse período não passou dos 60%, isso quer dizer, que se o país continuasse crescendo nos passos da inflação, o orçamento do Município de Carpina estaria em menos de 35 milhões de reais! Voto em ARMANDO porque tem demonstrado ser um político sério, avaliado pela imprensa nacional como o mais atuante senador, homem de larga experiência. Conheci de perto, dialogamos e viajamos juntos, reiterou na presença de vários políticos que tinha um acordo político comigo, pois fui eu, juntamente com Giney, quem primeiro lhe estenderam as mãos para formar um palanque em Carpina; a mim se dirige chamando-me de amigo das primeiras horas; Na minha visão, DILMA e ARMANDO são os certos e MARINA E PAULO CÂMARA os duvidosos. Paulo sequer foi vereador. Ninguém há bem pouco tempo o conhecia. Apareceu na política como uma surpresa ou como uma imposição de um grupo restrito. Imagino as pessoas sem expediência com alguém num barco à vela sem conhecer no mar a direção dos ventos Voto em João Paulo para o senador porque o conheço pessoalmente e vi de perto as suas ações populares quando Prefeito da Cidade de Recife. Penso que ele vai continuar com seus propósitos de ações sociais como senador da república. Voto em Carlos Lapa para depurado federal, não só por ser meu irmão, mas porque tem um passado político positivo, como prefeito de Carpina, como deputado estadual. Foi o deputado que mais incentivou a vinda de órgãos públicos para o município, além de trazer as grandes extensões de água e luz para os lugares mais distantes e pobres da Cidade, luz inclusive para região rural. Voto para deputado estadual em Antônio Moraes, por duas razões, uma de ter-lhe dado a minha palavra, de que nele votaria para deputado, no momento em que firmamos um acordo há dois anos passados para eleger o atual prefeito. Este falhou com a sua palavra, mas eu creio que o maior crédito que o homem merece é o da sua palavra, muito mais do que crédito bancário, no SPC e SERASA. A palavra do homem é a sua honra e sua moral; mas voto em Antônio Moraes também pela sua presença constante em nosso município e por ser uma pessoa atenciosa com todos que lhe procuram e de ter um passado sem mácula na sua vida pública. Voto nesses candidatos, senti-me no dever de justificar ou dar satisfação das minhas intenções de voto, mas respeitando, é claro, o voto de cada amigo, pois nunca misturei uma coisa com a outra. A amizade deve estar acima de tudo. Meus amigos, o coração penalizado com a tragédia não deve passar do sentimento de solidariedade para influenciar na eleição, a ponto de encobrir a razão. O coração não é um bom juiz, pois o coração é para os homens menos dignos de fé do que a razão. “ANTES DE OUVIR O CLAMOR DE TEU CORAÇÃO, OUÇA AS VOZES QUE TE CONDUZEM A RAZÃO”