As Bolsas Plebiscito de Dilma e Marina

NÃO SABE O QUE MARINA DIZ…E AMANHÃ ,O QUE SERÁ DEPOIS….?
 

 Marina Silva merece todos os aplausos. Anunciou em seu programa o que pretende fazer se for eleita. Ela quer criar uma ‘democracia de alta intensidade’. O que é isso, não se sabe. Lendo-a vê-se que, sob o guarda-chuva de uma expressão bonita — “democracia direta” — deseja uma nova ordem constitucional.

Apontando mazelas do sistema eleitoral vigente, propõe outro, plebiscitário, com coisas assim: “Os instrumentos de participação — mecanismos de participação da democracia representativa, como plebiscitos e consultas populares, conselhos sociais ou de gestão de políticas públicas, orçamento democrático, conferências temáticas e de segmentos específicos — se destinam a melhorar a qualidade da democracia”.

Marina parte da premissa de que “o atual modelo de democracia (está) em evidente crise’. Falta provar que esteja em crise evidente uma democracia na qual elegeu-se senadora, foi ministra e, em poucas semanas, tornou-se virtual favorita numa eleição presidencial.

Ela diz que nesse país em crise “a representação não se dá de forma equilibrada, excluindo grupos inteiros de cidadãos, como indígenas, negros, quilombolas e mulheres”. Isso numa eleição que, hoje, as duas favoritas são mulheres, uma delas autodefinida como negra.

 

Elio Gaspari

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