Dilma endurece na defesa de Graça e ataca gestão tucana

Em Floresta, Dilma defendeu Graça Foster e disse que a presidente da Petrobras ‘já explicou’ repasse de bens a parentes durante investigação da compra de Pasadena – André Coelho / Agência O Globo

Da Folha de S.Paulo – Marcela Balbino

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, subiu o tom nesta quinta-feira (21) em defesa da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.  Em visita de campanha a Pernambuco, Dilma afirmou que Graça ‘respondeu perfeitamente’ sobre a doação de três imóveis que fez para os filhos após a compra da refinaria de Pasadena começar a ser investigada pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

A transferência das propriedades, realizada entre março e abril deste ano, foi revelada nesta quarta (20) pelo jornal ‘O Globo’ e levantou dúvidas se Graça teria agido para evitar que os bens fossem bloqueados pela corte numa eventual condenação. O TCU estimou em US$ 792 milhões o prejuízo ao erário na compra da refinaria, em 2006.

‘A presidente Graça Foster respondeu perfeitamente sobre a questão dos seus bens, numa nota oficial. Eu repudio completamente a tentativa de fazer com que a Graça Foster se torne uma pessoa que não pode exercer a presidência da Petrobras’, disse Dilma após visitar obras da transposição do rio São Francisco em Floresta (PE).

Dilma criticou o que chamou de uso da Petrobras como ‘arma política’ em período eleitoral e atacou indiretamente o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) ao dizer que problemas ocorridos com a estatal nos mandatos do tucano não foram investigados.

‘Eu lamento profundamente a tentativa, a cada eleição, de se fazer primeiro uma CPI da Petrobras e, segundo, de criar esse tipo de problema. Eu me pergunto: por que ninguém investigou o afundamento da maior plataforma de petróleo [P-36 em 2001]? Que custava 1,5 bilhão de dólares. Por que ninguém investiga a troca de ativos feitos entre a Repsol?’, questionou Dilma.

‘Eu acho extremamente equivocado colocar a maior empresa de petróleo da América Latina e a maior do Brasil, sempre durante a eleição, como arma política ou objeto de discussão política’, disse Dilma.

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