O homem estressou de vez

Denise Rothenburg é quem conta a cena, uma das muitas geradas pelo atual quadro político-partidário nesta véspera de eleição:

Os passageiros do voo 3722, da TAM, que saiu de São Paulo para Brasília às 16h54 da quarta- feira ficaram de olhos arregalados diante de um bate- boca no corredor, em frente ao assento 22C. “Ei! Esse lugar é meu”, dizia um homem a um senhor sentado. “Não, é meu, olha aqui”, respondeu o senhor, mostrando o canhoto do cartão de embarque. A discussão prosseguiu em alto e bom som até que o comissário pediu ao senhor de pé que ocupasse o assento 24D. O senhor de pé era João Santana, marqueteiro da campanha de Dilma.

A história não acabou ali. João Santana só foi para o assento 24D quando o comissário fez mil apelos,dizendo que era um corredor,assim como o 22C. No fim da viagem, o senhor do 22C, na faixa de seus 70 anos, ainda tentou pedir desculpas. Santana foi direto: “Não aceito suas desculpas”.

A pelo menos um passageiro atento à cena política e que conhece o publicitário e jornalista ficou a impressão de que a morte de Eduardo Campos, não só mexeu com a cena política nacional, como tirou o humor do marqueteiro petista.

Enquanto isso, no Recife  cada dia é mais forte entre os políticos a sensação de que Eduardo Campos era tão leve no convívio, que só depois de sua morte é que muitos começam a compreender o seu peso político.