O tabuleiro foi explodido

   Por Serginho Paiva

É fato. As diversas forças (econômicas, sociais, políticas) sejam em colisão ou coalisão, decidem previamente o que nos cabe, na condição de povo/eleitor, escolhermos. Nem sempre as opções são as melhores e acabamos seguindo aquela que nos “resta”. Não estou entrando no mérito DA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL de 2014 em si, apenas conjecturando de forma genérica. Dito isso, vejo com mais tristeza ainda que o que Eduardo Campos gostaria de ter apresentado e SE apresentado ao imenso eleitorado que o desconhecia nos seus parcos minutos de TV no Guia Eleitoral, veio a ser ampla e fortemente divulgado após a sua morte. Não houve tempo para que o Brasil conhecesse Eduardo, seja como presidenciável, seja como pessoa. Hj, seus ideais e idéias ultrapassam as fronteiras de PE, estado que o fez governador 2 vezes e classificou seu governo como ótimo com 74% de aprovação. Eduardo, de maneira trágica e final se apresentou ao país. Após a sua morte, o Brasil veio a conhecer um homem que detinha, com diálogo mas com firmeza de ideais, as condições de transformar o debate político nacional. Se estava em 3o nas pesquisas e se ia chegar na frente ao final, é objeto de meras profecias, todavia, sua importância nessa corrida ao Palácio do Planalto, através de seu carisma, liderança e credibilidade era indiscutível e de fundamental importância para a discussão do país que queremos HOJE. O Brasil o conheceu tardiamente e da pior forma possível: com seu trágico falecimento. Pernambuco, por conhecê-lo, sofre. As peças do xadrez político não foram mudadas. O tabuleiro foi explodido e a falta dessa importante voz será sentida por década